
Os prefeitos das cidades do ABC se reuniram nesta segunda-feira (28/11) em assembleia geral do Consórcio Intermunicipal para debater sobre o uso de máscaras de proteção facial no transporte público e decidiram manter apenas a recomendação, diferente da orientação do governo do Estado que desde sábado (26/11) já obriga o uso de máscara nos sistemas de transporte que gerencia. O palácio dos Bandeirantes também recomendou que todos os municípios adotassem também a obrigatoriedade, mas apenas São Bernardo, se antecipou e tornou obrigatório o uso nas linhas de ônibus municipais, medida que passou a valer nesta segunda-feira (28/11).
O governo estadual se baseou na análise técnica do Conselho Gestor da Secretaria Estadual de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde contra o avanço dos casos de covid-19. A mesma decisão recomendou que todos os municípios também determinassem o uso obrigatório com base nesta análise técnica. Infectologistas ouvidos pelo RD já consideravam também que os prefeitos erraram em não determinar a obrigatoriedade no dia 16/11 data de outra reunião dos chefes de Executivo, já diante da alta de casos na região. (https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3186256/infectologistas-voltam-a-recomendar-uso-de-mascara-e-evitar-aglomeracoes/).
A reunião dos prefeitos foi virtual e fechada. Segundo nota do colegiado de prefeitos foi deliberado “que a manutenção da recomendação é coerente diante da estabilidade registrada na última semana epidemiológica, verificada pelo Grupo de Trabalho (GT) Saúde. As ações de conscientização da população sobre o controle do vírus são realizadas pelas prefeituras, conforme as realidades e particularidades de cada município”.
Em São Bernardo, além dos ônibus, a máscara é obrigatória nos fretamentos, táxis e carros de aplicativos, e nos respectivos locais de acesso, abrangendo embarque e desembarque e também nas farmácias. “O uso de máscaras já era obrigatório em unidades de saúde, hospitais, consultórios, laboratórios e demais serviços de saúde. A partir do dia 28, a medida também passará a incluir farmácias, sendo obrigatória a utilização tanto por funcionários, como pacientes, acompanhantes – nos casos expressamente autorizados em lei – e público em geral”, destacou o paço sambernardense.