Aprovada recentemente, a Reforma Trabalhista garantiu que o trabalho temporário se torne atrativo para quem busca uma colocação no mercado de trabalho e para o empregador. O período de permanência nas empresas aumentou para 270 dias consecutivos: 180 prorrogáveis por mais 90. Atualmente, o mercado busca o temporário, porque a modalidade permite conhecer os aspectos técnico e comportamental do candidato, antes da efetivação.

Valéria Calipo, coordenadora do curso de Gestão de Recursos Humanos da Universidade Metodista, em São Bernardo, vê o emprego temporário como um “ganha ganha”, já que para o funcionário é uma oportunidade de apresentar seu trabalho, além da remuneração e experiência adquiridas. Outro ponto positivo, diz, são os direitos trabalhistas, já que o temporário tem praticamente os mesmos do efetivo: salário equiparado, 13º, férias, fundo de garantia, auxílio saúde e até seguro desemprego se tiver trabalhado 12 meses consecutivos.
A professora afirma, porém, que muitas empresas têm reclamado sobre o comprometimento do funcionário temporário, que fica desmotivado e não se desenvolve na função. “Então fica a dica para que esse trabalhador leve a sério e se dedique para aumentar as chances de efetivação”, diz Valeria, durante entrevista ao RDtv, ao apontar uma taxa de 10% a 20% na taxa de efetivação dos temporários.

Para os jovens que estão em busca do primeiro emprego a dica da professora é montar um currículo completo, com citação, principalmente, dos trabalhos que realizou, projetos que integrou e ações voluntárias que participou. E uma vez aprovado, ter foco e investir no comportamento dentro da empresa. “Seja pró ativo, respeite, vista a camisa, e, provavelmente, terá grandes chances de ser efetivado”, recomenda a professora da Metodista.