
O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), realizou série de mudanças no primeiro escalão, realizadas em duas etapas (dezembro de 2022 e fevereiro de 2023). Porém, tal situação foi encarada nos bastidores políticos como o primeiro passo para a disputa de 2024. Entre os governistas, a lista de possíveis prefeituráveis aumenta a cada dia. Na oposição, a incógnita ainda segue por nomes para a disputa.
Entre as novidades no primeiro escalão do governo andreense estão nomes que ganharam muita confiança de Serra nos seus seis primeiros anos como prefeito. Pedrinho Botaro (PSDB) assumiu o comando da Secretaria de Ações Governamentais. Ex-líder de governo e presidente da Câmara por dois mandatos consecutivos, o tucano é visto como um dos principais nomes na disputa devido ao acordo realizado em 2022. Na época houve uma combinação para que quem disputasse a eleição geral não buscasse espaço na disputa pelo Paço em 2024.
Outro nome que se encaixa nesta regra é do novo secretário de Educação, Almir Cicote (Avante). Presidente da Câmara nos dois primeiros anos de mandato de Serra, o experiente político também passou por diversos cargos importantes como a Superintendência do Semasa, a Secretaria de Mobilidade Urbana e a pasta de Administração.
Nesta mesma linha outro nome visto para o futuro é de Gilvan Junior. Passou pela superintendência do Semasa, foi secretário de Planejamento e agora assumiu o comando da Saúde. Questionados sobre mudanças, todos desconversam. E mesmo o prefeito prefere que o tema da sucessão seja tratado em outro momento. “O processo eleitoral começa em 2024, até lá. Será preciso trabalhar muito e qualquer um que seja do grupo, do nosso time, pode capitanear o processo de sucessão, mas isso passa pelo reconhecimento das pessoas”, diz.
Outros nomes
A lista governista aumenta com o novo presidente do Legislativo, Carlos Ferreira (Republicanos), o deputado federal Fernando Marangoni (União Brasil) e o vice-prefeito Luiz Zacarias (PL). Em entrevista ao RDtv, Zacarias confirmou que foi sondado por seu partido sobre a sucessão, mas garantiu que não houve avanço nas primeiras conversas, pois “será resolvido dentro do grupo político”.
No caso de Zacarias e Marangoni seria uma quebra do combinado realizado no ano passado. Outro ponto é a busca pela unidade até a definição da chapa, o que só ocorrerá em agosto do ano que vem, nas últimas datas para a convenção. Tal situação também passa pelo futuro da federação entre PSDB e Cidadania, fato que já gerou debates na região. O maior exemplo foi no racha que ocorreu na eleição suplementar em Ribeirão Pires, em 2022.
Oposição
Entre os oposicionistas surgem alguns nomes que disputaram os últimos pleitos, como Ailton Lima, mas existe um olhar direto para o campo da esquerda. O vereador Eduardo Leite (PT) ainda não consolidou sua mudança para o PSB, partido que já conta com a maior parte do seu grupo político. Caso consiga a transferência durante a janela eleitoral, o atual petista é visto como um nome em potencial para a disputa do Paço.
Quem também segue cotado é o vereador Ricardo Alvarez (PSOL). Com a possibilidade de seu partido ter o deputado federal Guilherme Boulos como pré-candidato a prefeito na Capital, e com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o nome do educador também entra na lista. O candidato em 2020, Bruno Daniel (PSOL), também entra nesse cenário.
A incógnita fica para o PT. O partido obteve 24,4 mil votos com Bete Siraque na disputa pela Prefeitura em 2020 e elegeu apenas dois vereadores (Eduardo Leite e Wagner Lima). A aposta em um cenário positivo com Lula e a busca para aumentar sua bancada na Câmara colocam a legenda na busca por um nome, mas ainda não houve quem despontasse ainda.