O saldo da balança comercial do ABC no primeiro trimestre deste ano foi positivo, ficando em US$ 140,8 milhões o que significa que a região mais exportou do que importou produtos. Os números foram divulgados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e mostram que, no comparativo com o resultado do primeiro trimestre do ano passado o crescimento do saldo foi de 207,4%. Os números positivos foram puxados principalmente pelas cidades de São Bernardo e São Caetano.
O resultado mais positivo foi o das empresas de São Bernardo. Ao todo, segundo a diretoria regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), a cidade exportou US$ 882,9 milhões nos primeiros três meses deste ano, contra US$ 675,6 milhões no mesmo período do ano passado, uma alta de 30,7%. Enquanto que as importações também subiram 13,1% na cidade (de US$ 651,9 milhões para US$ 737,5 milhões).
Os principais produtos exportados por São Bernardo foram automóveis e tratores (59,3%), máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (15,6%) e cobre e suas obras (7,2%). Por outro lado, as importações da regional foram principalmente de veículos automóveis, tratores (31%), máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (26,7%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,5%). As empresas da cidade venderam mais para a Argentina (16,1%), México (8%) e Chile (6,2%). Os produtos mais importados vieram da Alemanha (17,7%), China (6,1%) e Suécia (6,1%).

O diretor do Ciesp de São Bernardo, Mauro Miaguti, diz que apesar dos números serem positivos e superiores ao ano anterior, ainda há muito a crescer, principalmente nas exportações. “Nossos principais clientes foram do mercado sul americano e central, por isso, é preciso traçar um plano mais agressivo para que os produtos brasileiros sejam mais competitivos nos EUA e na Europa além de deixar de exportar commodities”, analisou o dirigente.
São Caetano
Depois de São Bernardo, em saldo positivo vem São Caetano, com saldo de US$ 101,1 milhões no trimestre contra US$ 99,7 nos três primeiros meses do ano passado. As exportações da regional totalizaram US$ 205,1 milhões no período, um aumento de 1,6%. Já as importações somaram US$ 104 milhões, o que significa um crescimento de 1,7% frente ao mesmo período do ano passado. Os principais produtos exportados foram veículos automóveis, tratores (74,4%), ferro fundido, ferro e aço (11,6%) e ferramentas, artefatos de cutelaria e talheres (3,9%). Por outro lado, as importações da regional foram principalmente de veículos automóveis, tratores (20,1%), máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (19,1%) e instrumentos e aparelhos de óptica (16,8%).
No período analisado, os principais destinos das exportações de São Caetano foram México (16,5%), Argentina (13,2%) e Chile (6,2%). Por sua vez, as compras da regional tiveram como principais origens China (17,9%), Argentina (9,8%) e Estados Unidos (8%).
Santo André
A diretoria regional do Ciesp de Santo André, que engloba também as cidades de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, acumulou um saldo negativo na balança comercial ainda pior do que o do mesmo trimestre do ano passado. De janeiro a março de 2021 o saldo ficou em US$ -21,4 milhões e nos primeiros três meses desse ano fechou em US$ – 34,1 milhões, o que significa que as empresas das quatro cidades mais importaram do que exportaram.
As exportações da regional de Santo André totalizaram US$ 242,6 milhões no período, um decréscimo de 9,3%. Já as importações somaram US$ 276,7 milhões, o que significa uma queda de 4,2% frente ao mesmo período do ano passado. Os principais produtos exportados foram borracha e derivados (21,9%), armas e munições (21,4%) e plásticos e derivados (9,7%). Por outro lado, as importações da regional se concentraram em plásticos e derivados (15,6%), borracha e derivados (12%) e produtos diversos das indústrias químicas (9,6%). No período analisado, os principais destinos das exportações de Santo André foram Estados Unidos (14,4%), Argentina (12%) e Alemanha (2,6%). As compras tiveram como principais origens Estados Unidos (14,2%), China (14,1%) e Itália (3,6%).
Diadema
As empresas ligadas à diretoria regional do Ciesp de Diadema registraram o pior saldo da balança comercial da região no trimestre, agravando o resultado deficitário do ano passado. Entre janeiro e março de 2021, o saldo da balança ficou em US$ -56,2 milhões, já no primeiro trimestre deste ano a diferença entre exportação e importação ficou em US$ -71,6 milhões.
As exportações da regional registraram US$ 66,5 milhões no período, um decréscimo de 1,5. Já as importações somaram US$ 138,1 milhões, o que significa um crescimento de 11,6% frente ao mesmo período do ano passado. Os principais produtos exportados foram máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (44,2%), ferro fundido, ferro e aço (11,5%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7%). Por outro lado, as importações da regional se concentraram em máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos (25,1%), plásticos e suas obras (17,5%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (8,5%).
No período analisado, os principais destinos das exportações de Diadema foram Estados Unidos (34%), Argentina (8,7%) e México (4,1%). As compras tiveram como principais origens China (15,4%), Alemanha (12,7%) e Estados Unidos (7,4%).