
Uma mensagem que circula por redes sociais, falsamente atribuída à Polícia Militar, está circulando amplamente pelas redes sociais visando causar pânico em pais e alunos sobre o tema segurança nas escolas. A mensagem sugere ataques na quinta-feira (20/04) e que os pais não devem mandar os filhos para a escola nesta data. A Secretaria de Segurança Pública afirmou que se trata de fake news.
Pelo menos dois aspectos na mensagem que evidenciam que mesma é falsa, um deles é erro de português, quando a mensagem fala “que os responsáveis por seus filhos não mandem para a escola”. Há aí uma fala de construção da frase. Outro ponto, que toda a fake news tem, é um apelo para uma situação grave e de emergência ou tragédia iminente, que pode ser visto no trecho: “a polícia está se preparando para um possível conflito, soldados de todo estado foram acionados para ficarem de prontidão neste dia”.
Mesmo desconfiando da mensagem muitas mães comentaram nas postagens que não levariam os filhos para a escola no dia 20. “Fake ou não, dia 20 eu não mando minha filha para a escola e já estou ensinando ela como se defender”, disse uma mãe em um grupo de moradores da região. “Boatos ou não não dá para deixar de acreditar, com tudo que anda acontecendo”, postou outra mãe.
A mensagem usa até o brasão da Polícia Militar seguido da expressão “nota oficial” para dar uma aparência de verdadeiro ao texto falso. Em nota, a Secretaria de Segurança Pública cravou que “a informação não procede”. A pasta encaminhou também um comunicado encaminhado para as escolas, depois do incidente na ocorrido escola Thomázia Montoro, na Vila Sonia, na Capital, que resultou na morte da professora Elisabeth Tenreiro, no dia 27 de março.
Veja a íntegra do comunicado:
Orientações sobre as medidas que a PMESP tomou em relação às ocorrências em escolas.
A PM realiza ações de prevenção, além das de policiamento, para garantir a segurança e proteção da comunidade escolar do estado.
Após a ocorrência na escola estadual Thomazia Montoro, os comandantes das companhias de área se reuniram com os diretores escolares para discutir a ampliação dos programas e estratégias para evitar ocorrências do tipo. Polícia Comunitária com interação com diretores.
Nesse episódio trágico, a Polícia Militar ao ser acionada chegou à escola em 3 minutos com equipe de Força Tática. A Ronda Escolar chegou em seis minutos. Responsividade!
Além dos canais do telefone 190, também possui o “Fale Conosco” muito utilizado para as denúncias. Todo material coletado é enviado aos setores de inteligência das polícias. Inteligência – trabalho com várias fontes de informes e dados.
Sobre casos de violência extrema, há também treinamento para preparar os policiais a terem uma ação rápida em casos envolvendo este tipo de violência. Além da parte teórica, também são realizadas simulações. Esse treinamento já ocorreu para diversos batalhões e cidades e sua ampliação está em estudo. Treinamento e preparo das equipes.
O patrulhamento nas imediações também é feito por policiais a pé e em motos. Em determinadas escolas há o reforço do policiamento por meio do programa da Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho (Dejem) com mais de 4,8 mil vagas mensais. Esforço em suprir demandas e oferecer trabalho policial.
A Polícia Militar, em especial, possui uma atenção especial para as escolas. O policiamento dedicado às escolas existe há mais de 25 anos e os policiais militares que atuam no Programa Escolar são escolhidos em virtude de perfil específico e realizam treinamento para lidarem com público escolar. Treinamento e preparo das equipes.
Atualmente, cerca de 600 policiais militares atuam no policiamento realizado no entorno das unidades educacionais, por meio do Programa Escolar, que também está permanentemente em contato com as direções das escolas. Programa Escolar – contempla todas as escolas da área – das 7 às 23 horas ou fim das atividades escolares.
Ainda em relação ao tema segurança escolar, um ponto importante que destaca as ações preventivas da Polícia Militar é o PROERD, Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência, que esse ano completa 30 anos de existência e já formou 11.068.228 crianças, atendendo 3.925 escolas e com atuais 353 instrutores.
O PROERD consiste, basicamente, em ministrar lições destinadas a crianças e adolescentes, mediante envolvimento de pais e educadores, com o intuito de lhes transmitir informações e conhecimentos para desenvolver a cultura de paz, cidadania, valorização da vida e dignidade da pessoa humana, com estratégias de análise de escolhas, pelo Modelo de Tomada de Decisão PROERD em todas as situações da vida, bem como para evitar o uso de drogas e a violência entre as pessoas.
Além das medidas, a gestão estadual também estuda contratar policiais da reserva para que eles fiquem de forma permanente nas escolas.
A Instituição entende que o assunto é muito mais amplo que a abordagem eminentemente policial. Os cuidados devem englobar também questões sobre ambiente familiar, saúde mental de nossos jovens, exposição demasiada a conteúdos violentos em redes sociais e ressalta que é de extrema importância o cuidado ao noticiar e veicular imagens para evitar a sensação de insegurança e pânico de ocorrências de violência em escolas.