A Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC e o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) deram mais um passo para o acordo de cooperação que será firmado futuramente. Nesta terça-feira (09/05), em Santo André, um encontro que envolveu o Poder Público, universidades e empresários avançou nos principais pontos de debate e futuramente farão parte do acordo que será assinado entre as partes, o que ainda não tem data para ocorrer.
Temas como o combate à desindustrialização, financiamento para projetos na Educação, no setor de tecnologia, novos setores industriais, melhoria da mão de obra e ações voltadas para a sustentabilidade fizeram parte do debate que durou cerca de três horas, na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC.
O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, revelou que houve conversas com o Ministro do Trabalho, Luiz Marinho, com o integrante do mesmo ministério, Gilberto de Carvalho, e outros atores para formatar medidas que possam retomar os investimentos na indústria da região, entre eles, a abertura de crédito para micro, pequenas e médias empresas.
“As empresas têm uma dificuldade principalmente na questão de garantias e para isso o governo do presidente Lula, lá atrás, criou um Fundo Garantidor de Investimento, o FGI, no BNDES, que durante a (pandemia do) Covid-19 o governo Bolsonaro aportou mais recursos. Esse fundo estava para ser extinto nesse ano, mas conseguimos a prorrogação e agora estamos buscando formas de utilizar o Fundo para facilitar o acesso ao crédito”, explicou Barbosa.

Durante o encontro, o Dieese apresentou dados da região, principalmente sobre a queda de 80 mil empregos em um pouco mais de uma década, principalmente na área da indústria, e o crescimento do setor de serviços. Também entrou no debate o pedido para que o Governo do Estado possa reconhecer o Polo Petroquímico do ABC e o pedido de uma aposta no setor de Saúde, das mais diversas maneiras, desde produtos para os primeiros socorros até a produção de maquinário de alta tecnologia.
Entre os outros temas apontados estão: Posto de Informação com atuação regional; Promoção do acesso das MPMEs às linhas de financiamento do BNDES; Fomento da Economia solidária; Parcerias Público Privadas (PPPs); Desenvolvimento urbano com ênfase em Mobilidade; Digitalização da indústria; Reorganização da cadeia do setor automotivo; Modernização e descarbonização do setor petroquímico e Ações de qualificação profissional.
O debate seguirá nas próximas semanas, a ideia é que no momento da assinatura do termo de cooperação os futuros projetos possam ter avançado e assim acelerar os pedidos que serão feitos em um posto avançado do BNDES na região.
“O BNDES, historicamente, esteve à frente de projetos importantes para o desenvolvimento do país, além de ser um formulador de diversas políticas, gerando ganho de produtividade, competitividade, entre muitos outros pontos. Acredito que essa reaproximação mostra a importância do ABC para o planejamento econômico do Brasil”, comentou o Aroaldo.