
Os municípios seguem com a estratégia de trocar as lâmpadas de vapor de sódio (amarelas) pelas LEDs em todos os pontos da iluminação pública. São Caetano conseguiu chegar ao 100% e as demais cidades seguem com o objetivo de alcançar a mesma meta até 2024. Engenheiro elétrico aponta que o novo modelo é mais eficiente, porém, é necessário um cuidado maior com o seu descarte.
Em São Caetano foram instaladas, segundo a Prefeitura, 12 mil lâmpadas LED. A economia gerada é de R$ 250 mil por mês (R$ 3 milhões por ano) para os cofres públicos. “A manutenção é realizada pela empresa contratada e por contrato é de cinco anos a garantia e, caso se apresente defeito, a empresa faz a reposição”, explica.
No caso de Diadema, dos 24,8 mil pontos de iluminação na cidade foram instaladas 11.584 lâmpadas LED entre 2020 e maio de 2023. O objetivo é que 100% dos pontos tenham o novo modelo até o início do próximo ano. Sobre a economia, a conta de iluminação pública que foi de R$ 431.434,12 em janeiro de 2020 passou para R$ 333.990,44 em janeiro deste ano.
A Prefeitura de Mauá afirma que 99% do parque de iluminação já conta com o novo modelo de lâmpadas. “Quando o parque de iluminação for 100% LED, a economia prevista em energia elétrica será de 73%”. Na cidade o processo é feito a partir de uma Parceria Público-Privada (PPP) com a Mauá Luz.
Ribeirão Pires conta com 18.225 pontos, sendo que 5.003 pontos foram alvo de trocas no ano passado e neste ano foram 7.907 trocas efetuadas. Outras 5.322 lâmpadas serão instaladas até o final do ano. O valor mensal de economia, atualmente, é de R$ 111.249,40. A estimativa é chegar aos R$ 150 mil mensais.
Com uma economia de 30% nas contas públicas, a Prefeitura de Mauá efetuou 1.221 trocas por lâmpadas LED entre 2021 e 2022. Em 2023 foram instaladas mais 50 e outras 142 serão colocadas nos pontos de iluminação até o final deste ano.
Santo André visa ampliar o número de lâmpadas LED instaladas na cidade neste ano. O objetivo é de 8,5 mil trocas, ultrapassando a soma dos pontos de iluminação que já receberam o novo modelo em 2021 (5.436 pontos). Em 2023 já foram instaladas 5.436 lâmpadas. “Para 30 luminárias modernizadas pra LED, temos uma economia de 60%, o que representa R$ 456,17 por mês e R$ 9.074,04 ao ano. Atualmente a economia é apenas no consumo, pois o contrato de manutenção possui valor fixo por ponto, devendo a contratada manter o ponto aceso independente da tecnologia”, explicou.
São Bernardo já atingiu 55,04% dos pontos de iluminação com lâmpadas LED. O objetivo é que 100% (ou seja, 52 mil pontos) sejam atingidos até o final de 2024. O investimento do atual programa foi de R$ 53 milhões até o momento. “A economia para os cofres públicos com a instalação de lâmpadas de LED é de R$ 500 mil por mês. Além disso, os novos equipamentos instalados têm garantia de 10 anos, acarretando em economia significativa com manutenção”.
Cuidado
O engenheiro elétrico do Instituto Mauá de Tecnologia (MIT), Alessandro de Oliveira Santos, alerta que apesar da maior eficiência das lâmpadas LED, existe um cuidado necessário na hora de descartar aquelas que param de funcionar.
“O LED é o mais eficiente, aquele que consegue converter a maior quantidade de energia consumida de eletricidade em luz, a eficiência dele é superior mesmo. Só que têm outros problemas associados a essa tecnologia. Quais são, basicamente? Você está colocando uma série de coisas a base de Arseneto de Gálio na praça. Qual vai ser o impacto ambiental na hora que essa lâmpada começar a estragar e você jogar isso nos aterros?”, questiona.
“O que vai acontecer com esse monte de Arseneto de Gálio que é extremamente venenoso e que está sendo jogado nas lâmpadas? Como a natureza vai reagir a esse desperdício? Esse é um dilema”, completa.