
De janeiro a maio deste ano, as cidades do ABC coletaram, juntas, mais de 21.200 toneladas de entulho, como móveis antigos, materiais plásticos e eletrônicos. O total em si não surpreende, em razão da média coletada ser parecida com a do mesmo período do ano passado, quando 20.880 toneladas foram recolhidas.
Dentre os sete municípios, o que recolheu maior número de entulhos nos primeiros cinco meses de 2023 foi Santo André, com 13.439 toneladas. O mesmo aconteceu no ano passado, quando o município liderou o ranking com a coleta de 13.437 toneladas de material. Apesar do número, Santo André não dispõe de serviço de cata bagulho.
Para descarte de resíduos inservíveis, volumosos e restos de entulho, o Semasa disponibiliza 24 Estações de Coleta espalhadas pelo município que estão preparadas para receber estes e outros tipos de materiais para descarte, como madeira, móveis velhos, eletroeletrônicos, óleo de cozinha e isopor. Alguns ecopontos também recebem telhas de amianto, gesso e poda de vegetação.
As Estações de Coleta são de uso exclusivo para moradores de Santo André, sendo que seu uso é regulamentado pelo Decreto Municipal 17.924/2022, que estabelece a disposição máxima de 1m³ de resíduos por mês, por morador, além de 4 pneus. Outros resíduos não recolhidos nos ecopontos, como lâmpadas, pilhas, baterias e remédios, por exemplo, são recepcionados pelas empresas e entidades responsáveis pela logística reversa destes materiais e os locais de descarte devem ser consultados nos sites de cada responsável.
Coleta
São Bernardo recolheu de janeiro a maio deste ano 3.893 toneladas na Operação Bota-Fora. No mesmo período do ano passado, foram coletadas 3.941 toneladas. Pela operação são recolhidos móveis velhos, colchões e utensílios domésticos. Entre os materiais não contemplados pelo serviço estão resíduos orgânicos e recicláveis (coletados porta a porta conforme cronograma) e entulhos de construção (até 1 m³ é recebido nos 13 Ecopontos da cidade).
O Saesa (Sistema de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental) de São Caetano coletou cerca de 3.400 toneladas em 2023, enquanto nos cinco primeiros meses de 2022 foram recolhidos 3.502 toneladas. O serviço de cata-treco contempla a retirada e destinação de utensílios domésticos descartados dos imóveis (madeiras, eletrônicos, móveis, entre outros, e até 5 sacos de entulho). Não são recolhidas latas de tinta, lâmpadas fluorescentes e acima de cinco sacos de entulho (neste caso, o munícipe deve contratar uma caçamba). Os materiais que não são retirados dos imóveis fazem parte da política de logística reversa, onde o fabricante é responsável pelo retorno do produto (para reaproveitar ou reciclar). São Caetano dispõe de alguns pontos de descarte nos hipermercados (Leroy Merlin, Assai Unidade São Caetano e Extra Boa Vista).
Diadema não divulgou do total de resíduos descartados nos Ecopontos da cidade já que o sistema de dados do DLU (Departamento de Limpeza Urbana) está fora do ar. Os materiais são recolhidos nos 13 Ecopontos Municipais a população pode descartar pequenas quantidades de entulhos, além de móveis e sofás velhos, recicláveis (plástico, metal, papel e vidro) e eletrônicos. Não são aceitos lixo domiciliar, lixo industrial e produtos químicos/inflamáveis.
O serviço de cata-bagulho de Ribeirão Pires recolhe restos de poda, madeira, sofá, pneu etc. Não são recolhidos entulho de construção civil, pilhas, baterias, lâmpadas e medicamento. De janeiro a maio de 2023, foram recolhidas 110 toneladas de materiais. A Administração não divulgou os números de 2022. Ribeirão Pires possui pontos de reciclagem espalhados pela cidade. Os pontos recebem diversos tipos de materiais, desde lixo eletrônico, como pilhas e baterias, até materiais recicláveis mais comuns, como papéis, vidros e madeiras, por exemplo. Para o descarte de restos/resíduos de construção civil, o interessado deve contratar uma empresa especializada.
Rio Grande da Serra coletou 60 toneladas todos os meses deste ano, resultando em uma média de 300 toneladas nos cinco meses de 2023. Todos os materiais coletados são destinados ao aterro sanitário da LARA conforme contrato. A operação foi iniciada em julho de 2022 e todos os materiais descartados nas ruas pela população são recolhidos, principalmente sofás, geladeiras, madeiras, guarda-roupas, etc.
Procurada, a Prefeitura de Mauá não se manifestou até o fechamento da reportagem.