O acesso aos Larcs (sigla em inglês para ‘Métodos Contraceptivos Reversíveis de Longa Duração’) está cada vez maior no Brasil. Desde o ano passado, o País integra a estratégia regional do Fundo de População da ONU (Organização das Nações Unidas) na busca de ampliar o acesso. Em entrevista ao RDtv, o ginecologista obstetra e diretor da área de Medicina da USCS (Universidade de São Caetano do Sul), Sérgio Makabe, explica as principais diferenças entre os modelos aprovados em território nacional.
Os três principais Larcs fornecidos no Brasil são: o Dispositivo Intrauterino de Cobre (DIU de Cobre); o Sistema Intrauterino com Levonorgestrel (DIU com Hormônio/Mirena/Kyleena); e o Implante Contrapectivo (Implanon). Os métodos podem durar de três a 10 anos, conforme o modelo utilizado.
“Os Larcs podem ser utilizados para qualquer mulher, mas óbvio que existem algumas contraindicações. Vamos supor, se a mulher tem um mioma no útero que pode deformar a anatomia do útero, a forma do útero, já não é indicado utilizar o DIU ou o Mirena, já é melhor o Implanon, que é o implante”, iniciou o especialista.

“Em geral, a diferença é que o DIU de Cobre não bloqueia a menstruação, o DIU de Cobre pode alterar ou aumentar a menstruação. Vamos supor que uma paciente quer usar um Larc e tem muita menstruação, ela não vai optar pelo DIU de Cobre porque vai piorar a menstruação dela. Já o Mirena vai diminuir a menstruação dela. Então, depende muito da característica menstrual da paciente. Depende do útero dela, se tem alguma menstruação. Então tudo isso vai fazer com que o ginecologista oriente a paciente para a escolha de um dos Larcs”, seguiu.
A utilização de um dos Larcs não significa qualquer alteração no período em que a mulher deve se consultar com o ginecologista, ou seja, se mantém a visita anual para exames de rotina. Para quem quer retirar o contraceptivo, a volta ao período fértil ocorre cerca de um mês após a retirada. Assista ao vídeo.