
Passados 12 dias da explosão que matou duas pessoas e deixou pelo menos outros quatro feridos no Polo Petroquímico de Capuava, em Santo André. A explosão de um tanque da Braskem, que passava por manutenção, aconteceu no dia 22 de junho. Na data do acidente a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) divulgou nota em que informa ter detectado resíduos de Tolueno no interior do tanque. A substância é altamente inflamável e volátil. Além dessa informação mais nada foi divulgado. O órgão de controle do Estado diz que aguarda laudo sobre a causa do acidente que deve ser providenciado pela Braskem que, por sua vez, diz que segue com a apuração.
No dia da explosão um homem morreu ao ser socorrido, na segunda-feira (03/07) após 11 dias internado, outro homem morreu. Ambos tinham 90% do corpo queimado. Outros quatro operários foram socorridos. Todos eles eram funcionários da Tenenge, empresa especializada em manutenção industrial.
A Braskem diz que presta apoio às vítimas e investiga as causas da explosão. “A Braskem se solidariza com familiares, amigos, funcionários e parceiros. Os envolvidos no acidente do dia 22 de junho receberam pronto atendimento médico, sendo encaminhados para as unidades de saúde. As áreas de saúde e social das empresas Braskem e Tenenge permanecem prestando o apoio necessário. Reforçamos que todas as medidas de segurança necessárias foram imediatamente tomadas. As causas dessa ocorrência, assim como a cronologia dos fatos, estão sendo investigadas pelas empresas e pelos órgãos competentes”, diz nota da companhia.
A Tenenge, manutenção industrial, contratada para a reforma do tanque que explodiu não quis comentar o assunto. “Como a investigação está em curso, pelas empresas e pelos agentes públicos competentes, a Tenenge não fará comentários”.
Em nota, a Cetesb relatou o trabalho que foi realizado na data do acidente, e diz que aguarda relatório da Braskem. “A Agência Ambiental da Cetesb solicitou aos órgãos envolvidos documentos técnicos e pediu para empresa Braskem um relatório detalhado da ocorrência, de modo a investigar as causas do incêndio. No momento, a Cetesb aguarda a entrega do relatório pela Braskem e posteriormente adotará as ações administrativas cabíveis, de acordo com a legislação vigente”, diz a companhia, em nota.
Ao ser indagada se haverá mudanças nos procedimentos e fiscalizações após o acidente do dia 22, a Cetesb diz que a fiscalização já é rotineira dentro e fora do Polo Petroquímico. “As empresas do Polo Petroquímico de Capuava são vistoriadas periodicamente por equipes da Cetesb. São realizadas, também, rondas rotineiras nos bairros ao entorno do polo, com o intuito de checar as condições ambientais da região”, diz o órgão de controle.