
Com apenas dois lotes de restituições liberados – o próximo deve sair até o final de julho – a Receita Federal já pagou R$ 260.696.983,37 em para contribuintes residentes no ABC, sendo – R$ 126.966.609,39 creditados no 1º lote pago em 31 de maio e R$ 133.730.373,98 pagos em 30 de junho. A receita prevê cinco lotes até setembro. Para o economista e coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista, Sandro Renato Maskio, os contribuintes devem aproveitar esse dinheiro para, prioritariamente, saldar dívidas.
O montante já pago é significativo e tanto pode ajudar as famílias a quitarem dívidas como podem contribuir para a economia da região. Os mais de R$ 260 milhões, correspondem a mais da metade (53%) do orçamento de Ribeirão Pires apara o ano de 2023 inteiro. E é maior do que o orçamento de Rio Grande da Serra previsto para este ano.
Até domingo (09/07) a no âmbito da Delegacia da Receita Federal de Santo André, tinham sido entregues 904.171 declarações de renda e destes 188.868 já receberam a restituição nos dois primeiros lotes. Dividindo o número de restituições pelo total pago, temos uma média e R$ 1.380,31, o que pode parecer pouco, mas é bem vindo para muitas famílias.

“A primeira dica é pagar dívidas, ou ao menos parte dela, pois carregar dívida gera custo com os juros; a segunda é programar o uso do dinheiro, se as dívidas já foram pagas, para uma despesa planejadas e importante como educação, curso extra para os filhos, alguma reforma ou item benéfico à família ou ainda um passeio com os filhos nas férias. A terceira dica é poupar uma parcela, apesar de achar isso difícil para a grande maioria das pessoas”, comenta o coordenador do Observatório Econômico da Metodista.
Apesar de frisar a dica sobre pagar as dívidas primeiro, o Maskio admite que uma parte deste dinheiro deve mesmo voltar para o consumo. “Uma boa parte voltará para o consumo. A orientação é a de que primeiro se deve pagar dívida, essa é uma hierarquia de prioridade, mas acredito que, mesmo endividada, parte ou boa parte usará o dinheiro da restituição para consumo”, completa o economista.