
Todos os dias, animais de diferentes portes morrem por inúmeras causas, mas o que fazer com os restos mortais? É comum que os serviços de limpeza urbana das prefeituras recolham e levem os corpos para local adequado de descarte, porém a falta de fiscalização e informação, faz com que o descarte incorreto cresça.
Entre 2022 e 2023, o número de animais recolhidos entre as sete cidades diminuiu: foram menos 18 animais, e a população tem notado maior presença de animais mortos em vias e córregos das cidades. Para se ter ideia, no primeiro semestre de 2022, foram recolhidos 2.087 animais, enquanto este ano o número baixou para 2.046.
No ano passado, Santo André contabilizou 584 remoções de animais mortos em clínicas, 1.599 em residências e outros 580 corpos de animais em vias públicas. Já neste ano, os registros foram de 330, 719 e 269, respectivamente.
Quem vive na cidade reclama da falta de fiscalização e efetividade com o serviço de recolhimento de animais no município. Na última semana, o RD recebeu reclamações anônimas sobre o descarte de carcaças de galinhas e bodes na avenida Maracá, no Parque Andreense. Uma ação que tem crescido com o passar do tempo nesta região.
Questionada sobre o assunto, a Prefeitura informou que “não houve registro de solicitação de remoção de animais neste endereço”. Em 3 de julho, porém, o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) recebeu solicitação de recolha de diversas carcaças de animais na rua Acácia com a rua Genciana, próximas ao endereço citado pelos reclamantes e, de acordo com a administração, o serviço “já foi executado”.
A cidade também não possui local para que os munícipes levem os animais mortos. Nestes casos, a orientação é que a população e/ou clínicas solicitem o serviço por meio do site do Semasa: semasa.sp.gov.br/servicos-
Em São Bernardo, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires também não há um local para que os munícipes levem, presencialmente, os animais mortos. Na primeira cidade, a população deve entrar em contato com o Departamento de Limpeza Urbana, responsável pela coleta, ou fazer solicitação pelo sistema de atendimento (11) 2630-7350. Já em São Caetano, o serviço é prestado pelo SAESA (4239-1700/ 4239-1784). Em Mauá, a responsável é a Secretaria de Serviços Urbanos (11) 4512-7786 – ramal 2038, setor Resíduos Sólidos e, em Ribeirão Pires, a LARA (Central de Tratamento de Resíduos), que realiza a retirada e é responsável pela incineração (4544-0888).
De acordo com as prefeituras, São Bernardo recebeu 39 notificação de animais mortos em vias públicas este ano, enquanto no mesmo período do ano passado foram 33 notificações. Já São Caetano recolheu 53 animais no primeiro trimestre deste ano, enquanto no mesmo período do ano passado, foram 52 animais. Em 2023, 1.022 animais mortos foram recolhidos em Mauá e, nos seis primeiros meses de 2022 foram 999. Já em Ribeirão Pires, no ano de 2022, o CCZ realizou no primeiro semestre o recolhimento de 75 animais. Foram 90 animais recolhidos nos seis primeiros meses deste ano.
Animais entregues
De acordo com o DLU (Departamento de Limpeza Urbana) de Diadema, a média de animais recolhidos é de 1.100 animais por ano, portanto cerca de três por dia e 91 por mês. Com base nisso, cerca de 546 animais foram recolhidos nos seis primeiros meses de 2023 e de 2022. Todos são encaminhados para incineração, assim como os resíduos hospitalares.
A administração explica, em nota, que os animais mortos devem ser entregues ao DLU (avenida Pirâmide, 844, bairro Inamar) e que, ao serem encontrados em vias públicos, o munícipe deve comunicar o DLU por meio do telefone 4059-9900.