A migração de brasileiros para Portugal também está ocorrendo entre os empresários que querem expandir suas marcas para terras lusitanas. Em entrevista ao RDtv nesta segunda-feira (24/07), o CMO da Atlantic Hub, Thiago Matsumoto, explicou como a empresa de São Caetano está auxiliando esses empreendedores.
Segundo Thiago, até o momento foram mais de 110 empresários que após a consultoria realizada pela Atlantic Hub foram para a Europa para investir na expansão de suas empresas, tanto na área da indústria quanto na de serviço. O CMO aponta que a principal dificuldade é entender como adaptar determinado produto para o público português.
“Então, quando um empresário vai para Portugal para tirar suas férias, ele percebe que há uma oportunidade. E o que falamos em nossas palestras, em nossos conteúdos, é que o empresário pensa com o coração e vai, abre a empresa, mas não tem a estratégia correta”, explicou.
A ideia da consultoria é aplicar o entendimento de como determinado produto pode ser vendido em terras portuguesas e agradando os seus cidadãos, não apenas os brasileiros (que já formam carca de 30% da população estrangeira em Portugal.

“Eu sempre falo de um exemplo que é de uma empresa de pão de queijo. Aqui no Brasil sempre que tem uma loja que vende um pão de queijo também há um café para acompanhar. O empresário foi fazer a mesma coisa em Portugal, mas chegou lá e descobriu que os portugueses não tomam café enquanto consomem um salgado, mas sim quando comem algo doce”, exemplificou.
No último dia 20 de julho, a Atlantic Hub realizou a palestra “Conexão ABC/Portugal: Oportunidades e desafios e empreender na Europa”, em parceria com o Projeto Inova USCS, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul. O evento também será realizado em São Paulo, no dia 18 de agosto, e contará com a presença de empresários portugueses que vão apresentar o cenário econômico do País.
“O que temos desde 2016, nós que fundamos a Atlantic Hub, que é uma empresa portuguesa fundada por brasileiros e que ajuda na internacionalização de empresas através de consultoria, para ajudar as empresas brasileiras a ter suas operações em Portugal. Nós percebemos que além das pessoas físicas que estavam indo para Portugal, havia um desejo de levar os seus negócios. Afinal, não é só a vida pessoal que existe, também existe a parte das empresas. Para empreender não é fácil, não apenas no Brasil, em qualquer lugar do mundo”, relatou.