
“Mamãe, ele é lindo”. A expressão e o olhar do Eduardo, de seis anos, um pequeno visitante do Zoológico de São Bernardo (r. Portugal, 1100 – Estoril), diante de dois bugios, espécie de macaco, que reflete como os animais são fascinantes para as crianças. Os olhos atentos do pequeno e de outras crianças no entorno da gaiola estão voltados para Gil e João. Por trás das estripulias que os dois fazem, brincando e pulando de galho em galho, há uma história em comum.
Gil tem pouco mais de seis meses e chegou ao zoo de São Bernardo após ter sido encontrado apanhando do bando em que convivia. “Ele tinha um quadro muito sério de desidratação, muitos ferimentos de mordida. Passou por cuidados intensos e hoje está muito saudável”, contou a bióloga do zoológico, Jeniffer Novaes.
O outro bugio, João, que chegou ao espaço em novembro de 2022, tem menos de um ano e foi resgatado após ser eletrocutado com sua mãe. Ele sofreu uma queda após o choque e acabou ficando sem um dos braços. Os dois seguem sob os cuidados da equipe de veterinários do parque e passam pelo processo de socialização.
“Os animais que vão nos dizer quando estão prontos para morar juntos. Com o Gil nos preocupamos justamente no acesso à comida, já que ele mais brinca do que come. Neste momento também há a questão do frio, ainda mais para um bicho que ainda está numa gaiola sob mantinhas. Melhorando o clima, ele já ficará fora. Definimos sempre em conjunto com os veterinários”, analisou Jeniffer.
Recuperação e novo nome
Com aproximadamente três meses, outra nova moradora do zoo é uma coruja do tipo orelhuda. Ela chegou à unidade de conservação após ter encontrada com o fêmur fraturado. Ela passou por cirurgia e está se recuperando bem.
Barbie não só no cinema
No último sábado (22/07), uma filhote de macaco-prego de 4 a 6 meses de idade foi abandonada nas proximidades do Parque Estoril. Logo recebeu o nome de Barbie, porque dentro da gaiola havia manta, bichinho de pelúcia e casinha, todos cor-de-rosa.
Furão
Um pequeno furão chegou também na última semana para cuidados no zoo de São Bernardo. Com ferimento na cabeça, o mamífero segue em recuperação na unidade de conservação. Dócil e agitado, ele deverá receber um nome bem peculiar. “Do jeito que ele não para, deverá receber um nome de algum furacão”, divertiu-se Jeniffer.
“Nem todos os animais ficam por aqui. Alguns acabam indo a óbito por alguma questão e outros conseguem retornar para a natureza após tratamento. Os animais que ficam com alguma limitação permanecem no zoo”, disse a profissional.