Às vésperas do feriado da Independência (7 de setembro), a supervisora de enfermagem da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue), Luciene Ribeiro, relata preocupação com a situação dos estoques dos bancos de sangue do ABC, que operam em baixa. O motivo, em partes, deve-se ao aumento do número de acidentes ocasionados em vésperas de feriados.
Luciene relata que a maior demanda dos bancos de sangue é pelo tipo O negativo – doador universal, embora de 60 a 70% da população corresponda aos tipos O e A positivos.
O limite ideal para que os centros operassem no azul seria de 800 bolsas ao dia, sendo que cada bolsa pode salvar até quatro vidas. Doadores devem ter no mínimo 16 anos – desde que acompanhados de um responsável legal, e no máximo 69 anos – contanto que tenha realizado a primeira doação aos 61 anos.

Cuidados com a alimentação e levar documento original, com foto, são relevantes. Pessoas resfriadas não devem doar, assim como respeitar o limite de sete dias após imunização contra a Covid-19, e 48 horas após a vacina da Gripe. Tatuagens e piercings não são impeditivos para a doação, desde que tenham sido realizados há pelo menos seis meses.
Homens devem respeitar um intervalo de 60 dias, e doar no máximo quatro vezes ao ano. Já as mulheres devem respeitar 90 dias podendo doar no máximo três vezes ao longo de 12 meses.
Vale ainda ressaltar ainda que, o sangue tem validade. As plaquetas duram apenas cinco dias, em média, enquanto as hemácias 30 dias e o plasma até um ano. Segundo Luciene, “o medo da doação tem diminuído ao longo dos últimos anos, embora ainda exista em alguns casos devido a ansiedade ou fobia por sangue ou agulhas”.