
O próximo sábado (23/09) marca o fim do inverno e início da Primavera, estação florida e uma das mais quentes. Este ano, já com altas temperaturas previstas para o início da estação (em torno de 34°C a 36°C no ABC), a preocupação gira em torno dos mais idosos e dos propensos à hipertensão.
Com as poucas chances de chuva e clima mais seco, o pico de calor se torna ainda maior, e é normal que algumas pessoas sintam mal estar, ou sensação de fraqueza. Além disso, o calor excessivo pode influenciar em outras anomalias do corpo.
José Alexandre Silveira, cardiologista da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), explica sobre esse impacto. “O calor influencia, naturalmente, em todos os órgãos do nosso corpo. Em picos de calor, o coração e o sistema cardiovascular no geral podem acabar sofrendo consequências”, comenta.
A alta temperatura pode causar, ainda, a dilatação dos vasos, e prejudicar, em especial, o público que sofre com hipertensão ou os mais idosos. “Pacientes hipertensos e que controlam a pressão por meio de medicamentos, podem, eventualmente, ter sintomas de hipotensão (a famosa “pressão baixa”) em picos de calor. Não quer dizer que devam mudar a medicação nem reduzir a dose, mas que aumentem a hidratação”, orienta o especialista.
Aumentar a hidratação, por sinal, é uma recomendação para todas as pessoas durante o período de calor extremo. “Para reduzir os riscos, aumentar a hidratação é fundamental. Não esperar a sede para tomar água, pois quando estamos com sede já significa algum ponto de desidratação”, relata Silveira.
O cardiologista ressalta que em idosos, é necessário atenção, pois costumam sentir menos sede, o que leva à baixa quantidade do consumo de água.