
Celebrado nesta sexta-feira (29), o Dia Mundial do Coração tem objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância de manter uma vida saudável e evitar doenças cardíacas. Em entrevista ao RD, a cardiologista do Centro Universitário FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Carolina Casadei, dá dicas e explica qual a melhor maneira de manter o coração saudável.
A médica aponta uma série de fatores de risco que contribuem para o surgimento de uma doença cardíaca. “Podemos citar a diabetes, hipertensão, colesterol não tratado, sedentarismo, obesidade e também os fatores genéticos, então se um parente próximo como pai, mãe ou avós desenvolveram alguma doença genética, existe uma chance maior de ser acometido com alguma cardiopatia”, diz a especialista.
A cardiologista afirma que alimentos ultraprocessados, ricos em gordura e sódio, se consumidos em excesso, também se tornam grandes vilões. “Não gostamos de proibir nenhum tipo de alimento, mas é recomendado que esse tipo de alimento, assim como frituras e alimentos com muita gordura, sejam consumidos em quantidades muito pequenas”, afirma.
Entre as doenças cardíacas mais comuns, a cardiologista cita a hipertensão arterial, a insuficiência cardíaca, o colesterol e o infarto. “Destaco também a doença de chagas que, quando agravada, pode gerar insuficiência cardíaca congestiva. Trata-se de uma doença comum no Brasil, transmitida principalmente através do inseto barbeiro, mas pouco se fala dela”, orienta.
Assim como é recomendado para grande parte das doenças, o exercício físico é crucial para manter o coração saudável e funcional, além de uma alimentação saudável, sem o tabagismo e sem o consumo excessivo de álcool .
“É importante que as pessoas também entendam que o uso de anabolizantes esteroides, comuns em academias, também pode se transformar em uma cardiopatia, já que levam a hipertensão ou até a insuficiência cardíaca, por isso devem ser evitados”, finaliza.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, cerca de 14 milhões de brasileiros têm alguma cardiopatia e são contabilizadas, ao ano, cerca de 400 mil mortes em razão de doenças no coração.