É fato que a população brasileira envelhece a cada ano e, consequentemente, com o avanço da idade, começam as doenças crônicas e neurodegenerativas. Para se ter ideia, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que cerca de 55 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência, entre elas o Alzheimer, que atinge sete em cada dez indivíduos no mundo, e com aproximadamente 100 mil novos casos diagnosticados ao ano no Brasil.
Nesse sentido, para conscientizar a população, a ABRAz (Associação Brasileira de Alzheimer) com apoio da Prefeitura de São Caetano, Supera Neuroeducação e grupos da 3° idade da cidade, realiza no domingo (01/10), a 4° Caminhada em Conscientização à Doença de Alzheimer, às 9h, na avenida Presidente Kennedy, próximo ao chafariz.
Cláudia Gregório, coordenadora do Grupo de Apoio da ABRAz Santo André e São Caetano, comenta ao RDtv que, além da caminhada, será uma iniciativa que abre diálogo a respeito do diagnóstico e cuidados com o Alzheimer. “Vamos iniciar a caminhada falando da doença e mais adiante teremos atividades da Supera Neuroeducação para conscientizar o público”, diz ao citar que ABRAz também distribuirá panfletos informativos sobre a doença.

O evento da caminhada é uma das formas de atrair o público para a causa, que na visão da coordenadora, sofre sem visibilidade a respeito dos cuidados básicos. “Vejo muita gente se limitando de entender o que é a doença, mas a caminhada pode ajudar nessa questão. Temos visto cada vez mais pessoas se propondo a entender mais sobre a doença, e esse é um dos nossos objetivos”, afirma.
Sintomas de demência
Segundo a presidente da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz) Regional São Paulo, Celene Queiroz Pinheiro de Oliveira, alguns dos sinais iniciais para um possível quadro de demência são: perda de habilidades cognitivas, ou seja, perda de memória, desatenção, repetição de atividades, falta de capacidade na fala e na compreensão. “É preciso ficar atento a estes sinais”, frisa a profissional.
Já entre os fatores de risco, existem 12 preestabelecidos, sendo eles: poucos anos de educação, perda auditiva, hipertensão arterial, obesidade, diabetes, consumo excessivo de álcool, traumatismo cranioencefálico, sedentarismo, depressão, tabagismo, isolamento social e poluição.
Prevenção
Para a profissional, a melhor opção de prevenção é adotar um estilo de vida mais saudável. “Parar de fumar, diminuir o consumo de álcool, aumentar a prática de atividades físicas e o consumo de alimentos naturais são as iniciativas mais eficazes”, comenta.
De acordo com Oliveira, um estudo da população brasileira em seus diversos cenários étnicos e sociodemográficos, revelou que o potencial de prevenção em nosso país, seria de aproximadamente 48%, mas faltam especialistas para diagnóstico e tratamento adequado.
O tratamento do Alzheimer é medicamentoso, e os pacientes têm à disposição a oferta de remédios capazes de minimizar os distúrbios da doença, que devem ser prescritos pela equipe médica. “O tratamento medicamentoso serve para, além de tratar, propiciar estabilização do comprometimento cognitivo, com o mínimo de efeitos adversos”, explica Oliveira.