
Na noite da última segunda-feira (02/10), uma mulher de 41 anos foi morta a tiros pelo ex-companheiro dentro de sua casa, na rua Carlos Drummond de Andrade, Jardim Calux, em São Bernardo.
A vítima, identificada como Ângela Maria Ferreira Brito, de 41 anos, foi encontrada pela irmã, Maria Eliane, caída com ferimentos de arma de fogo por volta das 21h. Segundo informações de Maria, o crime ocorreu após o suspeito, Carlos Alberto de Brito, entrar na casa e iniciar uma discussão com Ângela.
O filho do casal, de 21 anos, que também estava no local, teria tentado desarmar Carlos e sido atingido de raspão. Maria Elaine conta que também teria tentado conter Carlos, porém desistiu ao ser ameaçada e pediu socorro aos vizinhos, que levaram Ângela para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Alves Dias, mas ela não resistiu e faleceu no local.
De acordo com a irmã da vítima, o casal teve relacionamento por aproximadamente 24 anos, com histórico de brigas por ciúme. Além disso, dois meses antes de sua morte, Ângela foi espancada por Carlos com um taco de beisebol e foi parar no hospital. O casamento teve fim há quase duas semanas.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), após a Polícia Civil constatar o óbito da vítima, foi instaurado um inquérito policial e o autor foi identificado. Diligências estão sendo realizadas para localizá-lo.
O caso foi registrado como feminicídio no 3° Distrito Policial de São Bernardo.
Feminicídio
Segundo informações da SSP-SP, entre janeiro e agosto de 2022, foram registrados 30 casos de feminicídio na grande São Paulo. Este ano, no mesmo período, foram 26 casos, sendo o mês de maio o mais alarmante, com cinco ocorrências.
O anuário produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que, sete em cada dez feminicídios no país, a vítima foi morta dentro da casa em que vivia. Na maioria das vezes, o autor do crime foi seu parceiro (53,6%) ou ex-parceiro (19,4%).
Além disso, dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública apontam que, em 2022, uma mulher foi morta a cada seis horas no país. No total, foram 1.437 vítimas de feminicídio no ano passado, um aumento de 6,5% em relação aos 1.347 registrados em 2021.