O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Turismo, Tecnologia e Inovação de São Caetano, Daniel Córdoba (PSDB), relatou ao RDtv nesta sexta-feira (27/10) que a GM (General Motors) quase não cumpriu os requisitos para conseguir as isenções existentes no programa ProAuto, no último trimestre. O chefe da Pasta relatou que a Prefeitura busca uma agenda com o vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), para que a União possa realizar ações para o setor automotivo.
Córdoba alertou que a GM presta contas para a Prefeitura sobre as vendas de veículos, um dos fatores para que os incentivos fiscais, aprovados em 2019, sejam concedidos para a empresa no município. Sem citar os números, o secretário aponta que a montadora passou perto de não conseguir os incentivos na última avaliação.
“Se a GM comprova o aumento da venda, ela tem as isenções de IPTU e ISS. Isso vinha ocorrendo ao longo do tempo. No último trimestre, quando foi prestada as contas pela GM, a conta já ficou muito apertada. A GM já estava bem no limite desse incremento de vendas, ou seja, quase não houve o abatimento fiscal da Prefeitura e isso já sinalizava para a Prefeitura uma dificuldade na parte das vendas automotivas”, explicou.
Segundo o secretário, a GM considerou outros fatores para a queda de vendas como os juros altos, a chegada de montadoras chinesas e a manutenção dos incentivos para as montadoras sediadas no Nordeste. Neste último caso, existe um movimento para evitar que ocorra uma nova prorrogação por mais 10 anos.

Daniel Córdoba garantiu que a GM não pensa em deixar o município e que os investimentos vão prosseguir. A ideia, segundo o secretário, é que a cidade siga aprimorando sua legislação para criar um ambiente de negócios melhor para a indústria automobilística, principalmente com a presença de toda a cadeia dentro da cidade, além de novos investimentos do exterior.
Enquanto isso, segue a preocupação com as movimentações que iniciaram no último sábado (21/10), com a demissão de 1,2 mil trabalhadores da GM, por telegrama, e o início da greve na última segunda-feira (23/10). Córdoba aponta a preocupação com a queda na produção de veículos e uma possível reação em cadeia.
Por isso, uma agenda com Alckmin é vista como saída para que o Governo Federal possa ajudar na solução para que os empregos sejam retomados, e por consequência, a produção da GM na cidade.