
A Polícia Civil prendeu 10 foragidos da Justiça desde o início das atividades do Grande Prêmio de São Paulo de Fórmula 1, que acontece no Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo.
Todos os detidos eram alvo de ordem judicial de prisão, em virtude de condenação ou decisão cautelar, pelo cometimento de crimes de diferentes naturezas, entre eles roubo e pedofilia.
As prisões aconteceram a partir da aplicação do programa Muralha Paulista, que identificou a presença dos procurados entre o público, graças ao compartilhamento de dados ajustado entre a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a organização do evento.
O sistema, implantado no Estado de São Paulo pela SSP em jogos esportivos, é testado pela primeira vez em um grande evento internacional.
Para o GP de Fórmula 1, houve a colaboração da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para o compartilhamento e uso da base de dados para identificar pendências criminais envolvendo o público estrangeiro. Até o momento, todas as detenções realizadas foram de brasileiros.
O programa Muralha Paulista funciona a partir da integração do sistema de segurança pública ao banco de dados da organização do evento, onde algoritmos desenvolvidos por meio de inteligência artificial analisam em tempo real as informações cadastrais do público comparecente e gera alertas para o efetivo policial empregado no evento, de acordo com o tipo de restrição constatada.
O sistema funciona de forma automatizada desde o momento da compra do ingresso, por exemplo, fazendo a verificação em diversas bases de dados estaduais e federais, como o Córtex, que é uma ferramenta de vigilância e controle compartilhada com o estado de São Paulo pelo Governo Federal por meio de Termo de Cooperação assinado em março deste ano.