Completando 22 anos de fundação, a Associação dos Empresários do Polo Industrial de Sertãozinho (Aepis), em Mauá, ainda convive com dificuldades na busca de soluções para dois problemas que afligem as 67 empresas associadas: a insegurança com a distribuição de energia elétrica e a falta de coleta e tratamento do esgoto gerado na área. Em entrevista ao RDtv nesta quarta-feira (29/11), o diretor administrativo financeiro da instituição, Newton Porchia, relatou tais problemas causados pelo jogo de empurra-empurra entre o Poder Público e as concessionárias.
O mais antigo problema está com a não captação e tratamento de esgoto gerado pelas empresas. Segundo Porchia, o entendimento da BRK Ambiental, concessionária responsável pelo serviço em Mauá, existe uma necessidade da Prefeitura realizar uma licitação na área do Polo para que a coleta e tratamento sejam realizados. O problema é que a possibilidade de avanços sobre o assunto ainda é mais tratada como esperança do que como uma certeza no curto prazo.
“Vamos falar à nível de indústria. Por não termos essa captação de esgoto na maioria das empresas da nossa região, elas são obrigadas a atender algumas normas da Cetesb ou da Secretaria de Meio Ambiente. Essas normas são bastante rígidas à nível de coleta com fossa séptica, é um gasto bastante grande para as empresas, principalmente as pequenas, para ter o certificado da Cetesb”, explica.
Algumas empresas do Polo conseguiram uma autorização para não seguir parte da legislação, mas a falta de entendimento sobre quando iniciará os investimentos para captação e tratamento do esgoto seguem gerando gastos para todos.

O mesmo pode se falar sobre a Enel. Neste caso, o problema é idêntico ao que ocorre nas residências e que geraram a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia Legislativa. “Nós somos iguais a toda a região do ABC e São Paulo, sofrendo muito com as questões das chuvas e ventos. Mas temos alguns problemas sérios e históricos”, aponta o diretor.
O principal problema ocorre com a falta de informação precisa sobre a retomada da distribuição da energia elétrica quando ocorre alguma queda. Newton relata que empresas já chegaram a dispensar funcionários de determinados turnos após receber a informação de que a demora seria de cinco horas, mas que a energia voltava exatamente 15 minutos após a dispensa. E alguma vezes a informação e o ocorrido acontecia de maneira inversa.
Nesse caso, Newton Porchia aponta que houve uma evolução, algumas reuniões com a concessionária de energia elétrica foram realizadas durante o ano, o que gerou expectativas de uma melhor relação entre as partes. Mas todos seguem aguardando a resolução sobre outros temas, entre eles, as podas das árvores que estão próximas da fiação.