
O ano político de 2023 em Diadema virou uma prévia do que será visto em 2024. Dois nomes polarizaram a disputa pela atenção dos munícipes. De um lado o prefeito José de Filippi Junior (PT) e do outro o presidente da SP Obras, Taka Yamauchi (MDB). O cenário polarizado conta com elementos de 2022, principalmente pelo envolvimento dos nomes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).
O terceiro ano do quarto mandato de Filippi ocorreu em paralelo a posse Lula como presidente. A aliança petista acabou gerando investimentos que estavam no plano de governo do prefeito diademense, mas que não seguiam em frente devido a falta de entendimento com o governo de Jair Bolsonaro (PL).
O principal destaque ficou para a área da Saúde com o anúncio de R$ 287 milhões para a construção do novo Hospital Municipal, que ficará no local em que está a Prefeitura, e que substituirá o atual equipamento localizado no bairro Piraporinha. O Executivo Municipal entrará com outros R$ 33 milhões. A obra começará em 2024 e durará três anos.
O anúncio foi feito pela Ministra da Saúde, Nísia Trindade, exatamente no mesmo dia em que foi assinada a ordem de serviço para a obra da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Centro, que substituirá o atual Pronto Socorro Central. Também houve o anúncio para a obra da UPA Paineiras. Uma terceira UPA, no bairro Eldorado, será licitada no próximo ano. Também houve o anúncio de diversos repasses para o custeio dos atuais equipamentos.
O Governo Municipal também conseguiu avançar nas obras do Quarteirão da Educação (obra semelhante ao CEU) e que será entregue no próximo ano, em duas fases. Neste caso, houve uma polêmica no final do ano com a autorização legislativa para um financiamento de R$ 30 milhões para a obra, o que gerou críticas da oposição, principalmente com a dívida bilionária que a cidade ainda precisa lidar, com o principal credor sendo o Instituto de Previdência de Diadema (Ipred).
Polêmica
Apesar da polêmica sobre o financiamento, o principal ponto de protestos durante o ano foi a cobrança da Taxa de Lixo nas contas de água e esgoto. A iniciativa foi aprovada pela Câmara ainda na gestão de Lauro Michels (PV), porém, em 2021 houve a revogação da ação. Porém, para seguir o Marco Legal do Saneamento Básico, a taxa retornou e foi aplicada na conta da Sabesp.
Protestos rolaram, pois uma trava para que o valor não fosse alto não foi aplicada nos primeiros meses, o que causou irritação. Muitos defenderam o retorno da cobrança para o carnê do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), porém, o assunto não seguiu em frente.
Então, Taka Yamauchi acabou aproveitando do momento para liderar alguns protestos na cidade, principalmente no segundo semestre. O engenheiro considera que existe uma possibilidade de reduzir a taxa e este será um dos principais temas que tentará emplacar nas eleições de 2024.
Falando em eleições, ainda se aguarda outros nomes que podem surgir. Gesiel Duarte (Republicanos) anunciou sua pré-candidatura. Porém, não se sabe sobre os caminhos que tomarão o ex-deputado estadual Márcio da Farmácia (Podemos) e o ex-prefeito Lauro Michels (PV).
Márcio é visto como outro nome certo na disputa pelo Paço, mas há quem acredite que o ex-vereador possa ser vice de Taka, assim buscando unir a direita da cidade. No caso de Michels, seu partido está federado com o PT. A princípio Lauro não disputará a eleição, porém, aguarda-se a participação de sua esposa, Carol Rocha, como um dos nomes na disputa por uma cadeira na Câmara.