
Durante o sono, o organismo se recupera e restaura suas funções, promove o reparo dos tecidos, o desenvolvimento dos músculos e a regulagem do metabolismo. No Brasil cerca de 72 milhões de pessoas não dormem bem, segundo estudos da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
De acordo com o médico Thiago Brunelli, otorrinolaringologista do hospital Santa Casa de Mauá, o distúrbio do sono é um conjunto de patologias e condições que comprometem o descanso. Entre as principais causas do distúrbio do sono estão o ronco e a apneia. E quem tem apneia certamente sofre com o ronco, mas o contrário pode não ocorrer.
O ronco é a vibração das vias aéreas e ocorre em razão do impedimento da passagem de ar. Já a apneia é a obstrução das vias aéreas (nariz e garganta) e causa dificuldade para respirar, cada episódio pode durar até 10 segundos.
Embora o ronco seja um sintoma da apneia outros são muito comuns como dores de cabeça e de garganta pela manhã, cansaço e sonolência e olheiras. E as consequências podem ser muito graves, com riscos de AVC (Acidente Vascular Cerebral), infarto, perda de memória, hipertensão arterial e morte precoce.
Entre algumas das causas da apneia estão as gripes ou resfriados, desvio de septo, obesidade, entre outros. Já do ronco pode ser idade, obesidade, alcoolismo, cansaço, problemas respiratórios e dormir de barriga para cima.
O tratamento envolve: uso de máscaras de oxigênio, mudanças no estilo de vida, evitar o alcoolismo e o tabagismo. Cirurgias podem ser indicadas para correção do estreitamento ou obstrução do ar nas vias respiratórias. Antes de se automedicar ou ingerir outras substâncias para dormir é preciso avaliar os motivos que estão comprometendo o seu sono.