
O 3º Distrito Policial de Santo André ganha nas próximas semanas nova sede. A unidade vai funcionar em prédio localizado na rua Vinte e Um de Abril, na Vila Pires, próximo à sede atual, que fica no Largo Treze de Maio. A mudança tem como objetivo proporcionar ambiente mais confortável para cidadãos e funcionários.
“A sede atual era boa quando foi inaugurada, mas a demanda cresceu”, afirma o delegado seccional de Santo Andre, Guerdson Ferreira.
Responsável por 19 delegacias na região, 11 delas em Santo André, Guerdson completa neste mês um ano no cargo. “O saldo é positivo, mas precisamos sempre imaginar que é possível progredir”, comenta o delegado seccional, que já havia atuado no ABC como delegado do 1° e do 4° DPs de Santo André, além de ter sido diretor da Cadeia de São Caetano.
Ao fazer balanço da gestão, durante entrevista exclusiva ao RD, Guerdson Ferreira comenta falou ainda sobre os novos canais de comunicação da população com a polícia, e sobre a necessidade de pareceria com os bancos para prevenir roubos a caixas eletrônicos. Confira as principais partes da entrevista:
Repórter Diário – Quais foram os principais avanços desde que o senhor assumiu o comando da delegacia seccional de Santo André?
Guerdson Ferreira – Tivemos um bom progresso, principalmente em termos funcionais. Temos um ambiente um pouco mais tranquilo de trabalho. As unidades estão mais equipadas. Nossa função principal é fornecer subsídios para o pessoal conseguir exercer a atividade-fim. Tem demorado menos para fazer as ocorrências, tem dado um pouco mais de possibilidade de o PM estar na rua, mas ainda não conseguimos avançar tudo o que gostaríamos.
RD – O perfil dos crimes cometidos no ABC mudou neste período de um ano? Como avalia a evolução dos índices criminais?
Ferreira – Tivemos uma queda bastante geral em quase todos os índices de um ano pra cá. Isso se deve à nossa atuação, da Polícia Civil, da Polícia Militar, mas também da economia. São inúmeras variáveis. A polícia não é a única responsável pela diminuição do crime. O volume de roubo a caixas eletrônicos diminuiu, algumas pessoas foram presas, mas não acredito que eliminamos o tipo de crime. Acho que poderíamos agir um pouco mais se contarmos com apoio das instituições bancárias.
RD – De que forma a criação da delegacia de homicídios está contribuindo para a solução de casos?
Ferreira – É uma delegacia que funciona muito bem, está situada no Jardim Utinga. Tem tido bastante êxito, é uma das nossas delegacias mais exitosas, com cerca de 80% de esclarecimento de crimes. Estamos dando bastante trabalho para o Judiciário. Estamos procurando, inclusive, reforçar as equipes.
RD – Estão previstas melhorias na infraestrutura das delegacias?
Ferreira – Vamos inaugurar o 3º distrito policial até o final do mês. Iremos para um prédio novo, alugado com ajuda da Prefeitura de Santo André. A sede atual era boa quando foi inaugurada, mas a demanda cresceu. Com a mudança teremos uma estrutura mais agradável para todos. A estrutura está pronta, é um prédio que foi construído para abrigar uma agência dos Correios. Estamos aguardando a liberação do link com a Prodesp (empresa de tecnologia da informação do governo estadual) para inaugurar.
RD – Um ano depois de ter assumido o cargo, quais são os principais desafios da delegacia seccional?
Ferreira – O papel da seccional é administrativo. Você tem que, principalmente, oferecer suporte para que as pessoas possam chegar a um resultado positivo, tem que dar suporte para exercer a finalidade.
RD – A delegacia seccional ampliou os canais de comunicação, como o SAC. O serviço tem sido utilizado pela população?
Ferreira – Através do SAC (sac@sandre.policiacivil.sp.gov.br) a pessoa pode fazer qualquer reclamação ou comunicação. Ainda temos o disque-denúncia e os telefones da própria seccional. O e-mail ainda está sendo pouco utilizado pelas pessoas. É uma ferramenta boa porque é mais cômoda para o cidadão.
RD – Está prevista a contratação de novos funcionários?
Ferreira – A contração não depende de nós, isso é algo que compete ao governo do Estado, mas estamos recebendo funcionários novos. Recebemos recentemente 10 escrivães e três investigadores. Sempre existe a necessidade de ter funcionário novo, pois as pessoas se aposentam.