
O Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) da região Centro-Oeste, ligado à Secretaria de Assistência Social e Cidadania de Diadema (SASC), realizou mais uma de seus reuniões bimestrais de articulação da rede local de serviços, envolvendo escolas, centros culturais, unidades de saúde, entidades socioassistenciais e o próprio CRAS. Desta vez, o tema escolhido foi Diversidade, uma vez que junho é considerado o mês do orgulho LGBT+. Confira abaixo os depoimentos:
Robson de Carvalho
“No atendimento à população LGBT, a saúde mental é o mais importante,” observou Robson de Carvalho, coordenador de Políticas de Cidadania e Diversidade. “Muitas vezes, ao sofrer preconceito, ao não ter seu nome social respeitado, uma pessoa gay, lésbica ou trans pode simplesmente desistir do serviço. E isso em áreas como Saúde ou Educação, é muito grave. Deixa a pessoa ainda mais vulnerável.”
Dandara
“Um espaço como o Ambulatório DiaTrans é necessário por ter especialistas que sabem da demanda histórica desses segmentos e conhecem suas dores, seus desafios, mas também é importante que todos possam ser atendidos em seus próprios territórios, sendo atendidos por qualquer pessoa, sem receio de sofrerem agressão ou violação de seus direitos,” completou a travesti Dandara Santos, que atua no ambulatório.
Cláudia Del Monte
“Conhecer os trabalhos da Coordenadoria de Diversidades, do Ambulatório DiaTrans, ajuda a qualificar o nosso trabalho no dia-a-dia, principalmente no atendimento à população LGBT,” explicou Cláudia Del Monte, coordenadora do CRAS Centro-Oeste. “Estamos até planejando uma formação específica para os trabalhadores aqui do próprio CRAS, pois atendemos muitos LGBT e é preciso ir desconstruindo esses preconceitos que ainda existem, infelizmente. Não podemos nem cogitar que uma população já tão vulnerável, ao buscar atendimento sofra ainda mais com algum tipo de discriminação.”