
Como anunciado pela COB (Comitê Olímpico do Brasil) no início de julho, foram convocados 266 brasileiros classificados para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que acontecem em Paris este ano. São 35 atletas menos em comparação com a edição Tóquio 2020, que contou com 301 esportistas. Mas do ABC, a nova edição terá a mesma quantidade em relação a 2020, com 16 atletas ao todo, que representam Santo André, São Bernardo e São Caetano.
Em Santo André, participarão os velocistas Felipe Bardi dos Santos, Lucas Conceição Vilar e Erik Cardoso, Luiz Gabriel (boxeador), Verônica Hipólito, Washington do Nascimento, Henrique Caetano e Aser Almeida (atletismo), além dos skatistas Giovanni Vianna e Raicca Ventura.
São Bernardo será representado pelo seguintes paratletas nos Jogos de Paris: Samuel Oliveira (atletismo), Luis Carlos Cardoso (canoagem), Debora Raiza Ribeiro (canoagem), Rebeca Silva (judô) e Letícia de Oliveira Freitas (triathlon). A cidade oferece estrutura para Gustavo Batista Oliveira, o Bala Loka, (modalidade do BMX), que possui vínculo com a Prefeitura de Taubaté.
Já São Caetano conta com apenas a atleta Juliana Campos, que vai disputar no salto com vara.
Segunda Olimpíada
Ser atleta de alto rendimento, independente da modalidade escolhida, requer uma série de fatores como disciplina, interesse, investimento e foco para alcançar o primeiro lugar e fazer parte das maiores competições do planeta, como os Jogos Olímpicos. O atleta paralímpico Washington do Nascimento, que saiu da Cidade de Deus (RJ) e foi acolhido pelo Time Naurú, equipe de Santo André, não esquece das dificuldades enfrentadas ao longo de sua trajetória de atleta.
“Foco muito na palavra acreditar, pois teve época de eu ter ração de cachorro para comer e ninguém acreditava em mim. Passava fome, mas acreditei e graças a Deus, em 2018, recebi um convite para treinar com a Seleção Brasileira em São Paulo, abracei a oportunidade, treinei e me dediquei. Hoje estou indo para a minha segunda Olimpíada”, relata. Nascimento conquistou prata nos 100 m nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago 2023, bronze nos 100 m nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, prata nos 100m no Mundial Dubai 2019 e foi campeão Mundial Júnior na Rússia em 2015.
Já Felipe Bardi dos Santos, velocista e atual recordista brasileiro dos 100 metros rasos com o tempo de 9s96 do Sesi de São Paulo, participa das Olimpíadas pela segunda vez. “O índice para competir nos jogos é de 10 segundos. É extremamente difícil chegar aos Jogos Olímpicos, por isso, tem de viver e respirar como atleta 24h nos sete dias da semana”, conta.
O parceiro da equipe de Felipe Bardi dos Santos, Erik Cardoso, recordista brasileiro dos 100 m rasos, reforça a importância de manter o foco nos treinos. “É necessário para se tornar um atleta de alto rendimento para estar entre os melhores atletas do mundo”, afirma.