No domingo (07/07) foi celebrado o Dia Internacional do Chocolate, data que remete a chegada do produto na Europa no século XV, quando um alvoroço foi causado entre os nobres, que batizaram o produto de “ouro negro”, tornando o alimento um item de valor. No entanto, os anos passaram e o que antes era raro se tornou industrializado, com opções derivadas entre: ao leite, branco e amargo. Este último apresenta valores nutricionais que se sobressaem aos outros.
Ao RDtv, o médico nutrólogo e presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia), Durval Ribas Filho, comenta os principais benefícios do chocolate amargo, que, apesar de não ser o mais escolhido entre os consumidores, possui abundância nutricional para todo o público, de crianças a idosos. Segundo a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), cerca de 75% dos brasileiros consomem algum tipo de chocolate, e entre os mais escolhidos estão o “ao leite”, por ser mais suave e doce, seguido do “chocolate branco”, que não contém cacau, apenas sua manteiga e, somente em terceiro lugar, o “chocolate amargo”, que possui variações com 40% a 70% de cacau em sua composição.
Um dos benefícios do consumo de chocolate amargo envolve a ingestão de substâncias antioxidantes por parte do alimento, que promovem a queima de oxigênio e, consequentemente, a conversão de nutrientes em energia. Além disso, o produto possui benefícios cardiovasculares, como redução da pressão arterial e colesterol, como o aumento da dopamina.
“Não a toa o chocolate foi chamado pelos astecas como ‘alimento dos deuses’. O produto possui substâncias que beneficiam a saúde de diversas maneiras, inclusive reduzindo a ansiedade”, explica Ribas Filho. O especialista recomenda o consumo de 40 gramas ao dia.
O médico explica que o chocolate amargo não possui amplos grupos de restrição, abrangendo mais pessoas e ofertando mais possibilidades. Para diabéticos, esse chocolate é indicado por ter menor quantidade de açúcar, principalmente os que possuem 65% de cacau ou mais. Para quem possui alguma doenças intestinal, o especialista adverte os intolerantes a lactose que, apesar de ter diferentes níveis de sensibilidade (primária, secundária e congênita), é opção para o grupo.
Outra questão abordada é a recomendação para crianças, na qual é sugerido o consumo a partir dos 4 anos para acostumar o jovem a ingerir o chocolate amargo, logo criando o hábito e possibilitando que os benefícios do alimento sejam ativados desde a infância.
“A realidade é que um dos maiores mitos que se tem sobre o chocolate amargo é a falta de reforço sobre a importância desse alimento. Este produto possui muitas substâncias que são positivas, seja para o corpo ou para a mente”, comenta o nutrólogo.