Depois de Diadema, governo paulista experimenta totens de segurança

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O governo de São Paulo anunciou no último dia 20 que vai usar também os totens de segurança que o município de Diadema já utiliza há um ano e oito meses, com bons resultados segundo a prefeitura. Os totens produzidos pela empresa Helper, são exatamente os mesmos que a cidade do ABC já utiliza, a diferença é que, pelo contrato, é a cidade, através da GCM (Guarda Civil Municipal), que opera os 25 equipamentos, já os que são colocados na Capital são operados pela Polícia Militar.

Na Capital a PM vai ter três totens na região central que estão funcionando em caráter experimental. “As ruas do Centro de São Paulo estão recebendo a instalação de dispositivos equipados com câmeras de monitoramento e alertas luminosos e sonoros para auxiliar a população durante alguma situação de emergência. Os totens têm o objetivo de aumentar a sensação de segurança nos arredores. Além dos avisos, os equipamentos permitem que as pessoas façam ligações ou videochamadas com a Polícia Militar 24 horas por dia”, informa a Secretaria de Segurança Pública, em nota.

Em Diadema são 25 totens e o investimento, somado à implantação do Centro Integrado de Monitoramento, foi de R$ 20 milhões. O plano de governo do prefeito e candidato à reeleição, José de Filippi Júnior (PT) prevê a instalação de mais 20. Hoje são atendidos os bairros Centro, Casa Grande, Jd. Marilene, Jd. Promissão, Piraporinha, Vila Nogueira, Vila São José, Canhema, Campanário, Taboão, Vila Conceição, Parque Real, Eldorado, Jd. Inamar, Jd. União e Serraria.

Os totens têm seis câmeras cada um, sinais luminosos para a localização e também contam com um botão de emergência que permite contato diretamente com a GCM. Desde o início da operação, em dezembro de 2022, o botão foi acionado 3.858 vezes. Esses acionamentos resultaram em atendimentos de emergência e auxilio a população.

As câmeras dos totens de Diadema verificaram 145 ocorrências policiais. Dessas, 66 foram respondidas à Polícia Civil, com imagens encaminhadas para investigação, e duas foram respondidas à Polícia Militar. Escolas municipais estão monitoradas com 200 câmeras, e há mais 6 câmeras na Rua da Gente da rua Alfenas, totalizando 356 câmeras em operação.

Para o secretário adjunto de Segurança Cidadã de Diadema, Antonio Fonseca, os números provam a eficiência dos totens e a prefeitura quer ampliar as aplicações destes aparelhos. “Em um ano a cidade reduziu, no geral 76% das ocorrências de roubos e furtos, e onde tem totens a queda foi de 36%. Agora estamos planejando implementar outros tipos de analíticos nos totens, como a leitura de placas, que não é para multar, mas identificar veículos produto de crime ou que seus condutores estejam em fuga, e também o reconhecimento facial. Também é possivel aprimorar o totem para identificar estampidos de arma de fogo, aglomeração de pessoas e o som dos pancadões. Vamos implantar essas melhorias em pelo menos dez pontos mais críticos da cidade”, anuncia.

“Já temos convênio com o Estado para a leitura de placas, feita pelas câmeras do Detecta, portando já podemos fazer isso e quanto ao reconhecimento facial já estamos ligados à plataforma Cortex do governo federal, então tudo já está certo para aprimorar o uso dos nossos totens”, continua o secretário adjunto. “Para nós é um sentimento de que acertamos na medida”, disse Fonseca ao ver que diversas outras prefeituras e até o governo do Estado estão seguindo o mesmo caminho. De acordo com a as publicações da Helper, em rede social, pelo menos 22 cidades do país e três estados já usam a tecnologia dos totens.

Modelos

Além dos totens usados em Diadema e pelo Estado na Capital, o mercado de segurança oferece outros modelos. Ribeirão Pires também adotou a mesma estratégia, porém com uma tecnologia diferente. No ano passado a cidade começou a instalar também totens com câmeras que transmitem imagens para uma central de videomonitoramento através de fibra ótica. “Ao todo, 20 totens foram instalados pelo município, o que faz com que a municipalidade ultrapasse o número de 100 câmeras de vigilância. O sistema, que conta câmeras e giroflex está conectado ao Escudo Digital, que por sua vez integra o programa Muralha Paulista. Em ocorrência mais recente, na semana passada, a GCM conseguiu prender dois indivíduos que tentaram furtar uma unidade escolar municipal, mas devido imagens obtidas pela câmera os agentes de segurança detiveram os dois suspeitos”, informou a prefeitura.

A prefeitura de São Caetano já estudou o modelo que a prefeitura de Diadema usa e informa que a avaliação do dispositivo foi positiva. Em nota, a prefeitura informa que iniciou estudos para a implantação. Enquanto isso não acontece a cidade conta com sistemas interligados com o estado e o governo federal. “O município dispõe de alguns sistemas que auxiliam o monitoramento da cidade, contamos com: Sentry, Cortex (Ministério da Justiça), Alerta Brasil (Polícia Rodoviária Federal), Sinesp Infoseg (Ministério da Justiça) e Digifort”, informa. São Caetano investiu em 2023 cerca de R$ 70 milhões no Programa São Caetano Mais Segura, que inclui o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências). Só esse ano o CGE superou o total de 1.700 ocorrências verificadas pela equipe de vídeomonitoramento.

Em vez de totens, a prefeitura de São Bernardo optou em dobrar o número de câmeras de videomonitoramento na cidade. “Após estudos, optou-se por dobrar o número de câmeras de videomonitoramento na cidade, com equipamentos de última geração. A cidade conta, atualmente, com 400 delas espalhadas pelo município e chegará a 800, ampliando o raio de atuação do monitoramento, com tecnologia de inteligência, gerando ainda mais segurança para a população. Além das 400 câmeras espalhadas pela cidade, há ainda câmeras com recurso de OCR (Optical Character Recognition – Reconhecimento Ótico de Caracteres) integrados ao sistema Detecta/Muralha Paulista, do Governo do Estado. As câmeras capturam placas dos veículos e estão localizadas nas principais vias da cidade e em áreas de divisas do município. Em 2023, o município investiu cerca de R$ 3,5 milhões no videomonitoramento da cidade. Entre janeiro e maio de 2024, o número de ocorrências (flagradas pelas câmeras) foi de 11.576”, diz a prefeitura, que espera entregar até o final do ano as novas instalações do CIM (Centro Integrado de Monitoramento).

Santo André também não apostou nos totens, mas que eles estão em estudo. Enquanto isso a cidade tem um grande parque de câmeras espalhado pela cidade. “O município possui atualmente cerca de 3 mil câmeras de monitoramento, o sistema de Muralha Eletrônica (Sentry), o Detecta e o Córtex, que compartilha informações com banco de dados do Ministério da Justiça. De janeiro até julho foram verificadas, em média, por meio do monitoramento, 390 ocorrências com 123 pessoas conduzidas ao distrito policial. Vale ressaltar que em Santo André temos o Centro de Operações Integradas (COI), que agiliza o tempo de resposta no atendimento de ocorrências. Neste espaço, GCM, Polícia Militar, Departamento de Engenharia de Tráfego (DET), Samu, Polícia Civil e Defesa Civil atuam de maneira integrada.

Rio Grande da Serra não tem câmeras de monitoramento, mas informou que estuda a implantação. Mauá não informou.