
Situações diferentes, cidades de portes diferentes e também disparidade em número de eleitores, essa é a realidade do ABC, mesmo assim a amplitude entre o vereador eleito com maior número de votos, que foi o Bahia do Lava Rápido (PSDB ), de Santo André, que obteve 10.288 votos, e o vereador eleito com menor número de votos na região, Claudinho Monteiro (PP) com 415 votos, chama atenção. Mas dentro de uma mesma cidade há também uma disparidade grande entre os eleitos por conta do quociente eleitoral aplicado, o que cria situações em que um vereador menos votado conquiste a cadeira enquanto outro fica de fora apesar de ter mais votos.
De Santo André vem a maior diferença entre o candidato mais votado, o tucano Bahia do Lava Rápido, e o eleito com menor número de votos que foi o Marcos da Farmácia (PSB) que conquistou uma vaga com 2.254 sufrágios. Nada mais do que 8.034 votos separam os dois. Neste caso o quociente eleitoral do PSB favoreceu Marcos. Já a candidata Andrea do MTST (PSol) teve 4.474 votos e ficou apenas como suplente. Célio Lopes (PSDB) também teve mais votos do que o último classificado e ficou de fora, ele teve 3.768 votos. O atual vereador Renatinho do Conselho (Avante) também foi bem votado, 3.189 eleitores votaram nele, porém o parlamentar ficou apenas como suplente.
O segundo mais votado da região é de São Bernardo; o vereador Pery Cartola (Cidadania) que teve 9.915 votos. Na mesma cidade Geraldo Gomes (PRD) teve 28% desse total e com 2.817 votos foi eleito. O veterano vereador Hiroyuki Minami (Republicanos) teve mais votos que Gomes, foram 2.945, e mesmo assim ficou como suplente. Situação igual ao do vereador que não conseguiu a reeleição Eliezer Mendes (PL) que foi para a suplência apesar dos 2.942 votos.
Em Diadema 4.953 votos separam o vereador mais votado, o Jefferson Leite (PT), com 7.782 sufrágios, do parlamentar eleito com menor quantidade de eleitores, que foi Fernanda Durães (MDB) que obteve 2.829. Vereadores de vários mandatos tiveram mais votos e não entraram, exemplo de Lilian Cabrera (PT) que teve apoio de 3.112 eleitores e o pastor João Gomes (Republicanos) que teve 3.005 sufrágios.
A amplitude de votos em Mauá também foi grande. Alessandro Martins (União Brasil) teve 5.935 votos, sagrando-se o mais votado no município. O último a entrar para completar as 23 cadeiras da cada foi Alexandre Vieira (Avante), com 1.896 votos. O atual vereador Samuel Enfermeiro (PSB) teve 3.102 e não entrou. Mesma situação de Irmão Ozelito (Podemos) que teve 2.316 votos.
Mais de 4,7 mil votos separam Bruna Biondi (PSol), a mais votada em São Caetano, com 5.848 votos, de Jander Lira (PSB) que teve 1.097 sufrágios. A vereadora reeleita teve mais de 2,7 mil votos do que o segundo colocado, o experiente vereador Pio Mielo (PSD) que presidiu a Câmara e que teve 3.101 votos. Ela teve mais do que o dobro de votos do também veterano vereador Gilberto Costa (PP) que somou redondos 2.900 sufrágios.
Ribeirão Pires fez um vereador com 998 votos. Trata-se de Matheus Brizotto (PL). Mais de mil votos o separam do mais votado na cidade, o professor Paulo Cesar, que é do mesmo partido e teve 2.137 eleitores que o apoiaram. Com 23 votos a menos que Brizotto, Carlinhos Trindade (PSD) não conseguiu uma vaga na Câmara.