Reeleita vereadora em São Caetano, Bruna Biondi, do mandato coletivo Mulheres por mais direitos (PSOL), acabou como a mais votada na cidade em 2024, alcançando os 5.848 votos. Ao RDtv desta segunda-feira (07/10), a parlamentar celebrou a vitória e o resultado do PSOL e considera que o partido se consolidou como o novo líder da esquerda da cidade.
“O Partido dos Trabalhadores é um partido muito grande no Brasil, hoje, inclusive, o próprio presidente da República é do Partido dos Trabalhadores, mas eu acredito que aqui em São Caetano o PSOL mostrou uma esquerda renovada e permitiu que a esquerda se renovasse na nossa cidade. Eu acredito que não só o resultado dessa eleição de 2024, mas os resultados das últimas eleições já vinham mostrando um crescimento do nosso partido e já vinham desenhando o PSOL como um grande protagonista da esquerda no nosso município”, explicou.
Além do próprio resultado de Bruna, que conseguiu ficar a frente de vereadores eleitos na base do futuro prefeito de São Caetano, Tite Campanella (PL), o candidato do partido ao comando do Palácio da Cerâmica, Rafael Ferrari, o Professor Rafinha, conseguiu 8,1 mil votos e terminou em terceiro lugar, à frente do candidato petista Jair Meneguelli que conquistou 4,3 mil votos.
Apesar do momento positivo no mandato coletivo (ao lado de Fernanda Gomes e Paula Áviles) e do partido, Bruna lamentou a redução da participação feminina no Legislativo de São Caetano. Se em 2020 foram três mulheres eleitas, em 2024 apenas Bruna ocupará uma das 21 cadeiras.

“Acredito que a gente vive um momento em que as mulheres estão na ativa para querer colocar mais mulheres na política, mas eu acho que isso também evidencia uma fraqueza, principalmente dos demais partidos de avançar nas candidaturas de mulheres. Veja, as três primeiras suplentes do PSOL são mulheres. Eu acho que isso demonstra uma prioridade que nosso partido coloca nacionalmente nas candidaturas de mulheres que disputam as eleições”, inicia Bruna.
“A gente tanto coloca uma prioridade para que estejam candidatas, uma prioridade na divisão dos recursos eleitorais, cumprindo a divisão prioritária para mulheres e também a prioritária de gênero e de raça. Então, eu acredito que isso mostra também uma contradição do que é o nosso Brasil. O Brasil que aprovou, por exemplo, a PEC da Anistia aos partidos que sequer cumpriram a cota de gênero e de divisão de recursos nas eleições. Então, mostra também uma debilidade de muitos dos outros partidos que não levam a sério a pauta da representatividade feminina na política”, segue a vereadora.
Outro ponto de preocupação da parlamentar é o crescimento de pautas conservadoras dentro do Legislativo de São Caetano, entre elas, a possibilidade de privatização do Saesa, algo que já foi colocado em debate em alguns momentos do Legislativo. Apesar deste cenário, Bruna Biondi acredita que será possível criar um cenário para a realização de um debate importante na cidade e aumentar a fiscalização sobre os caminhos traçados pela próxima gestão.