Entre os 27 vereadores eleitos em Santo André para a próxima legislatura (2025/2028) está Clóvis Girardi (PT), eleito para seu primeiro mandato, com 2.917 votos. Em entrevista ao RDtv desta segunda-feira (21/10), o futuro parlamentar ressaltou seu histórico junto à Universidade Federal do ABC (UFABC) e sua defesa de que a entidade pode ter uma maior integração com a Prefeitura andreense, principalmente com base na área da pesquisa e da formação de mão de obra.
Há uma década frequentando a UFABC, entre a graduação e o mestrado, Girardi aponta que sua candidatura surgiu após uma série de debates que participou no Centro Acadêmico ao longo dos últimos anos, principalmente com as reduções orçamentárias que foram praticadas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). A consequência desse cenário para o município motivou o grupo que apoiou sua tentativa de entrar na Câmara de Santo André.
Além disso, ressaltou a sua experiência como assessor do deputado estadual Maurici (PT) e sua passagem pela Secretaria de Planejamento da Prefeitura de Diadema como dois pontos que deram experiência sobre o Poder Público. Girardi considera que será uma pressão representar uma comunidade de 20 mil pessoas no Legislativo andreense.
“Você tem as universidades como um polo importante também de participação política diretamente eleitoral, e isso é uma coisa que faltava para a UFABC e que acho que demos o pontapé para isso. Mas que seja apenas o começo. Claro que alguém precisa desbravar esse espaço, mas que seja um incentivo para que outras pessoas da universidade procurem e sintam a condição de representar não só a comunidade da UFBC, mas toda a comunidade da sua cidade, então, para mim é uma honra muito grande ser chamado, inclusive, no processo da campanha, eu numa discussão aí com um secretário, enfim, ele fala, ah, o menino lá da Federal”, disse.

Clóvis Girardi defende que ocorra uma maior integração entre a UFABC e as prefeituras da região. Além das necessidades da comunidade acadêmica, como transporte e a saúde (inclusive o vereador eleito defende uma UBS dentro do Campus), outro ponto é usar a Universidade como ponto de referência para as práticas públicas.
“Do ponto de vista institucional, eu acho que os governos têm que comprar essa ideia, porque aqui o nosso governo municipal de Santo André produziu muito pouco pelo UFABC, ainda que a UFABC tenha sido sede de hospital de campanha durante a pandemia, ainda que a UFABC tenha aqui uma série de projetos de pesquisa que poderiam ser melhor aproveitados pelo poder público local e não são, então também falta, do ponto de vista, essa conexão. É uma conexão que acontece dos dois lados. Não pode ser só a universidade tentando buscar o poder público o tempo todo, mas sim uma conexão”, explica.