ABC - segunda-feira , 21 de abril de 2025

Eleição chega ao segundo turno após campanha de ataques e denúncias no ABC

Entre Filppi e Taka, Oliveira e Atila, Manente e Lima, o ABC vai conhecer os últimos três prefeitos eleitos para a gestão 2025/2028 (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

As eleições 2024 entram em sua etapa final neste domingo (27/10), com a realização do segundo turno. Cerca de 1,3 milhão de eleitores voltam às urnas no ABC para a eleição dos prefeitos de Diadema, Mauá e São Bernardo. A segunda, e definitiva, votação ocorre após 21 dias de trocas de farpas, acusações e denúncias entre as campanhas. As propostas foram deixadas de lado e a busca pelos indecisos foi árdua.

Entre as cidades que necessitam de um segundo turno para a definição do futuro prefeito, Diadema foi a que teve o resultado mais apertado. Taka Yamauchi (MDB) conseguiu 5,1 mil votos a mais que José de Filippi Jr. (PT), uma diferença de 2,3% dos votos válidos. A polarização vista no primeiro turno se intensificou nas últimas três semanas.

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Até mesmo no debate promovido pelo portal G1, houve mais troca de acusações do que propostas para a população. Mas diferente da primeira fase da campanha, em que boa parte das diferenças seguiam a linha da visão de gestão. Os últimos 21 dias foram tomados por trocas de acusações de compra de votos, divulgação de notícias falsas, investigações da Polícia Civil e vídeos de eleitores irritados com um ou outro candidato.

Outra busca foi pelos eleitores que se abstiveram na eleição. No caso de Diadema, 25,82% do eleitorado sequer foram as urnas. A soma deste grupo com aqueles que votaram em branco e nulo ultrapassou a casa dos 130 mil eleitores. Para isso, houve a busca de apoio entre outras legendas. Taka conseguiu o apoio do Republicanos e de Márcio da Farmácia (Podemos), enquanto Filippi conseguiu o apoio de Gesiel Duarte (Republicanos). Ambos também resolveram se apoiar em “forças maiores”, após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos).

Mauá tem disputa nas ruas e tribunais

Em Mauá, o primeiro turno foi menos apertado do que se esperava. O atual prefeito Marcelo Oliveira (PT) conquistou 19,8 mil votos a mais do que Atila Jacomussi (União Brasil). Apesar da distância, ambos seguiram a linha de polarização vista no primeiro turno. E além da disputa de votos em cada rua da cidade, ambos seguiram travando uma disputa judicial.

O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) não concluiu o julgamento do pedido de recurso de Atila para deferir sua candidatura. Aliás, o placar antes do segundo turno terminou em 2 a 1 pelo indeferimento. Com tal decisão, o deputado estadual entra na disputa com os votos “sub judice”, ou seja, ainda precisarão de uma resposta jurídica para validação ou não.

O assunto dominou as redes sociais dos candidatos. Enquanto Marcelo focava no resultado contra Atila, o oposicionista apontava uma perseguição contra seu nome e seu grupo. O fato também foi um dos temas tratados no debate realizado no portal G1.

Em relação aos apoios, Marcelo conseguiu trazer para sua base dois ex-candidatos, Amanda Bispo (UP) e Zé Lourencini (PSDB). Atila não conseguiu trazer novos apoios e ainda se irritou com a neutralidade adotada por Sargento Simões (PL) para o segundo turno. Lula visitou Mauá para apoiar o atual chefe do Executivo, enquanto Atila voltou a associar sua imagem com Tarcísio de Freitas.

São Bernardo polarizado dentro de um mesmo espectro

Em São Bernardo, os partidos de centro-direita e direita conquistaram todos os espaços para o segundo turno. No maior colégio eleitoral do ABC, a diferença entre o primeiro e a quarta colocada no primeiro turno foi de 30,3 mil votos. Marcelo Lima (Podemos) conquistou 8,8 mil votos a mais que o oponente na segunda etapa, Alex Manente (Cidadania).

A eleição foi dividida em dois polos. A esquerda resolveu não apoiar ninguém. O deputado estadual Luiz Fernando (PT), terceiro colocado, adotou a neutralidade, enquanto o quinto colocado, Cláudio Donizete (PSTU), resolveu apoiar o voto nulo neste domingo (27/10).

Alex Manente conseguiu o apoio oficial de Tarcísio de Freitas, um dia após o primeiro turno, além dos prefeitos de Santo André, Paulo Serra (PSDB), e de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSD), e o prefeito eleito em Santo André, Gilvan Júnior (PSDB). Marcelo Lima conseguiu o apoio do clã Morando (Orlando, Carla e Flávia), além do prefeito reeleito em Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL), e do prefeito eleito de São Caetano, Tite Campanella (PL).

Enquanto isso, nas ruas houve uma intensa campanha de todos os lados. Mas, Manente denunciou que parte de seu material de rua foi retirado por apoiadores de Lima, inclusive mostrando um vídeo do suposto ataque político. Marcelo negou tal situação e quis focar na pacificação da campanha. Apesar disto, também houve troca de farpas durante os debates promovidos no portal G1 e na Rede Gospel.

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