
O ABC continua registrando consecutivos saldos positivos no nível de emprego que significa que está contratando mais que demitindo, e setembro não foi diferente. Segundo dados do Caged (Cadastro Gera de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quarta-feira (30/10) pelo Ministério do Trabalho, a região ficou com saldo positivo de 2.843 empregos no mês passado, número que apesar de positivo ficou abaixo da média mensal de saldo de empregos neste ano, que é de 3.682 vagas. O número ficou ainda 35,97% atrás dos 4.440 vagas de saldo do mês de agosto.
De acordo com os números do mês, São Bernardo respondeu pela maior parte deste saldo positivo. Sozinha a cidade teve saldo de 1.312 vagas, resultado das 13.695 contratações e as 12.383 demissões naquele mês. A cidade também foi a que teve melhor saldo no acumulado do ano, com 11.203 vagas de saldo de janeiro até setembro, o que mantém a cidade na quarta melhor posição no Estado de São Paulo no acumulado do ano, atrás apenas da Capital, Guarulhos e Campinas.
Santo André foi a segunda em geração de empregos, mas bem atrás de São Bernardo no saldo. A cidade ficou com saldo de 878 vagas no mês, obtido pela diferença entre as 12.096 contratações e as 11.218 demissões. No ano município acumula 8.657 vagas de saldo.
Diadema vem em terceiro no ranking do saldo de empregos, com 649 vagas de saldo em setembro. Em seguida vem Ribeirão Pires, com 102 vagas, depois Mauá, com 85, Rio Grande da Serra, com 24 vagas e, por último aparece São Caetano, que registrou um saldo negativo de vagas, foram menos 207 vagas resultado de 6.019 contratações e 6.226 demissões.
Para o economista e professor da Strong Business School, Sandro Renato Maskio, o setor de serviços deve ser o maior responsável pelo saldo positivo do ABC. Para ele a geração de empregos formais favorece também na questão salarial já que haverá mais oferta e menos trabalhadores livres para disputa das vagas. “A gente tem apresentado saldos bem melhores do que os do ano passado, o que demonstra o aquecimento do mercado de trabalho. Quando se trata de mercado formal, observamos as taxas de desocupação diminuírem o que significa melhor oferta de trabalho no mercado e isso abre maior possibilidade de barganha por parte do trabalhador, com a possibilidade de escolha do trabalho formal. A medida que tem menos trabalhadores disponíveis no mercado e os dados da PED, pesquisa de emprego e desocupação, mostram, as empresas passam a ter mais dificuldade de contratação principalmente naquelas contratações de baixa qualificação. Isso abre mais espaço para as pessoas entrarem no mercado formal de trabalho. O Brasil ainda cresce pouco, nada surpreendente para apontar que apenas a atividade econômica seja o único fator determinante dessa trajetória de geração positiva de trabalhos formais”, completa o economista.