
De 10 a 16 de março ocorre a Semana Mundial do Glaucoma, que reforça a importância do diagnóstico precoce da doença silenciosa que leva à cegueira irreversível. A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que o glaucoma é a segunda maior causa de cegueira no mundo, atrás somente da catarata.
Segundo a SBG (Sociedade Brasileira de Glaucoma), mais de 2,5 milhões de pessoas vivem com a doença. Já o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) estima que 1,5% da população pode ter glaucoma. A incidência do problema aumenta após os 40 anos (2%), chegando a mais de 6% após os 70 anos.
O glaucoma é caracterizado pelo aumento da pressão intraocular, que provoca lesão no nervo óptico, comprometendo progressivamente o campo de visão do paciente. A alteração leva à perda da visão periférica, como se o paciente enxergasse somente o que está à sua frente.
Existem quatro principais tipos de glaucoma:
- Glaucoma primário de ângulo aberto: apresenta progressão lenta e é o mais comum.
- Glaucoma de ângulo fechado: mais grave, ocorre quando há bloqueio do trabeculado, podendo levar à cegueira rapidamente.
- Glaucoma secundário: decorrente de outras doenças, como diabetes e catarata.
- Glaucoma congênito: decorrente de má-formação do trabeculado desde o útero materno, podendo ser identificado no teste do olhinho.
Embora seja mais comum em pessoas acima dos 40 anos, a doença pode afetar qualquer idade, inclusive recém-nascidos. Pais devem se atentar à saúde ocular dos filhos, pois uma criança que nasce com glaucoma pode se acostumar com a baixa visão e não relatar problemas.
Por ser uma doença silenciosa, o glaucoma leva anos até apresentar sintomas perceptíveis. O glaucoma não tem cura, mas tem tratamento, como com colírios específicos, procedimentos a laser e cirurgias. O check-up ocular regular é essencial para o paciente ter menos complicações da doença.