
Santo André completou nesta terça-feira (08/04) seu 472° aniversário e, como presente, a população recebeu de volta um dos mais importantes equipamentos culturais do município: a Biblioteca Nair Lacerda. Localizado no Paço Municipal, o espaço foi modernizado e volta a ficar à disposição do público.
Emblemático, o equipamento conta com um acervo de aproximadamente 90 mil itens físicos, entre acervo geral, Braille, gibiteca, autores da região, obras raras e especiais.
As intervenções realizadas incluem serviços gerais de manutenção, correção e adequação de elétrica, iluminação, pintura, hidráulica, manta vinílica, reforma total do forro, execução de alvenaria, contrapiso, impermeabilização e revestimento, revisão e recomposição das esquadrias (peças e vidros) adequação de acessibilidade, reforma dos banheiros e novo balcão de atendimento. O valor de investimento foi de aproximadamente R$ 1,1 milhão.
Com o objetivo de tornar o espaço ainda mais acessível, a renovada Biblioteca Nair Lacerda conta com estantes mais baixas, com 1,60 m de altura. O equipamento também traz uma nova disponibilização do espaço dedicado a obras em Braille, próximo à entrada, e espaço infantil.
Uma novidade foi a abertura de um espaço dedicado àquela que batiza a biblioteca, Nair Lacerda, contando com objetos que pertenceram a ela (como escrivaninha de trabalho e máquina de escrever), além de frases marcantes ditas pela escritora, jornalista e escritora.
Para este grande dia de reabertura da biblioteca, uma programação cultural foi planejada com poesias, contação de histórias, sarau e muito mais.
História
Instalada inicialmente em 8 de abril de 1954 no Edifício Sion, localizado no número 76 da rua Coronel Alfredo Fláquer (junto à antiga Câmara), a biblioteca contava com acervo de 4 mil volumes. Depois da conclusão da construção do Paço Municipal, foi transferida em abril de 1970 para onde está atualmente.
Anteriormente conhecida como Biblioteca Municipal de Santo André, foi batizada em 8 de abril de 1987 com o nome da escritora, jornalista e tradutora Nair Lacerda, que foi diretora do Departamento de Educação e Cultura à época da inauguração e teve participação direta no desenvolvimento do equipamento, como responsável por doar parte de seu acervo pessoal para o início das atividades. Outra parte foi doada por Sérgio Milliet.
Arquitetado pelo escritório de Rino Levi, todo o Centro Cívico andreense é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) desde 2013.
Tradição
As comemorações pelo aniversário de 472 anos de Santo André começaram nesta terça-feira com a tradicional homenagem a João Ramalho, na Passarela Luso-Brasileira Américo Pinto Serra, em frente à estátua do explorador e colonizador português responsável pela fundação da antiga Santo André da Borda do Campo de Piratininga – primeiro povoado europeu distante do litoral na América portuguesa –, elevada à categoria de vila justamente em 8 de abril de 1553, pelo então governador-geral do Brasil, Tomé de Souza.