
Santo André vai receber neste sábado (12/04), às 15h, na Câmara Municipal (Praça IV Centenário, 02), indígenas de diversas etnias do ABC e de São Paulo para um encontro sobre o Abril Indígena na região.
Na pauta de discussões, os direitos indígenas, tanto de aldeados como da população em contexto urbano, o famigerado Marco Temporal, que restringe o acesso desta população às suas próprias terras, a preservação do meio ambiente e o combate à emergência climática.
Durante o encontro também será exibido o documentário Recontando a História, que conta a trajetória da cacica Jaqueline Haywã, liderança da etnia Pataxó no ABC, que vive em Ribeirão Pires, e a sua luta em defesa dos direitos indígenas na região.
Para a liderança indígena Pataxó de Santo André, a professora, historiadora, pedagoga e poeta Tania Ãgohó Ãkirê Pataxó, “falar sobre o Abril Indígena é trazer à discussão pautas atuais e não apenas o massacre da colonização…”
“É discutir o Marco Temporal na aldeia e a invisibilização do nosso povo na cidade. É reconhecer os saberes ancestrais que atravessam nossa história, contar sobre a identidade do nosso país pelo olhar de quem sempre esteve aqui, existindo e resistindo”, explica.
Mesa de discussão
O encontro vai contar com a própria cacica Jaqueline Haywã, a liderança Tânia Pataxó, a indígena andreense, Elaine Pankará, o Procurador da República para Povos Originários, Steven Shuniti Zwicker, e um representante do Ministério dos Povos Indígenas.
Participam das discussões também a médica do Projeto Xingu, Carla Rafaela Donegá, o coordenador do Ambulatório dos Povos Indígenas da Unifesp, Douglas Antonio Rodrigues, o diretor do filme, Flávio Marin, o deputado federal Ivan Valente (PSOL), o cientista político, Juliano Medeiros, e o vereador andreense, Ricardo Alvarez (PSOL).
Entre outras presenças estão confirmadas representantes dos povos Pataxó, Pankará, Pankararu e Guarani Mbya, tanto de áreas urbanas, quanto das aldeias da região, como Brilho do Sol, Guyrapaju e Nhamandu Mirim, localizadas em São Bernardo do Campo.
Segundo a organização, o evento também terá o Espaço Curumim, dedicado à recreação com crianças, e exposição de artesanatos e indumentárias confeccionadas pelos próprios indígenas, além do grafismo, que são as pinturas corporais.