O vereador de São Bernardo, Lucas Ferreira (PL), está liderando a formação de uma frente parlamentar de combate à pedofilia. Em entrevista ao RDtv desta segunda-feira (14/04), o legislador explicou sobre a necessidade de unir forças com outros vereadores para emplacar projetos que buscam conscientizar a população sobre o tema e que possam cobrar leis que buscam punições a quem abusa de crianças e adolescentes.
“A ideia (da Frente) começou após uma conversa com minha esposa, dentro da minha casa, sobre as fraquezas que a cidade e o Estado acabam enfrentando a respeito de um tema tão sensível. O crime de pedofilia, muitas vezes, acontece dentro do próprio lar, com pessoas próximas da nossa família. Então comecei a dialogar, pesquisar os números do Brasil, de São Paulo e do ABC, e me deparei com números catastróficos, que chamam muito a atenção de uma forma negativa.”, explica Ferreira.
Segundo o parlamentar, em 2023 foram denunciados mais de 1,5 mil casos de pedofilia na região. Na última atualização do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, em 2024 foram 216 protocolos de denúncia sobre crimes sexuais contra crianças e adolescentes, que resultaram em 370 denúncias sobre 844 violações.
Vereadores e projetos

Nesta frente parlamentar participam 10 vereadores de oito cidades diferentes. Além de Ferreira, estão neste grupo: Rodolfo Donetti (Cidadania/Santo André); Caio Salgado (PL/São Caetano); Mazinho (PL/Mauá); Lucas Almeida (União Brasil/Diadema); Leandro Ramos (Cidadania/Rio Grande da Serra); Edmar da Aerocar (PSD/Ribeirão Pires); Diogo Manera (PP/Ribeirão Pires); Matheus Brizotto (PL/Ribeirão Pires); e Cesinha da Associação (PL/Itaquaquecetuba).
A ideia de Lucas é conseguir apoio de vereadores de São Paulo e assim seguir atingindo outras cidades do Estado. Além do combate a pedofilia, a ideia é que todos os parlamentares possam replicar projetos de leis para este fim como alguns feitos pelo são-bernardense como o que proíbe que pessoas condenadas por pedofilia possam trabalhar no Poder Público e a criação do Maio Laranja, como campanha de conscientização.
Outra ideia é levar informações pelas redes sociais e buscar apoio para uma cartilha adaptada para crianças como forma incentivar a denúncia de pessoas que possam ter alguma atitude abusiva contra elas. Além disso, palestras para os pais e mães para ajudar no combate tanto nos ambientes frequentados por seus filhos quanto nos ambientes virtuais, outro ponto de preocupação de Ferreira.