A Inter de Milão suportou enorme pressão nos minutos finais e está nas semifinais da Liga dos Campeões, na qual reedita confronto que ocorreu na edição de 2009/10 e onde levou a melhor sobre o Barcelona antes de ser vice-campeã. O primeiro jogo já ocorre no dia 29 de abril, na Espanha. A vaga dos italianos veio em uma bela partida nesta quarta-feira, com demonstração de força após saírem em desvantagem diante do Bayern de Munique, virada, e no fim se garantindo com 2 a 2 passando gigante sufoco – haviam feito 2 a 1 na Alemanha.
A reedição da semifinal com catalães, após 15 anos, porém, não é um duelo raro. Na verdade, Inter e Barcelona costumam se cruzar na Liga dos Campeões, como já ocorreu na fase de grupos em 2021/22 (3 a 3 e 1 a 0 aos italianos), 2018/19 (derrotas por 2 a 1), 2017/18 (1 a 1 e 2 a 0 para os espanhóis), além da edição de 2009/10 (0 a 0 e 2 a 0 para o Barcelona), na qual estavam na mesma chave antes de se enfrentarem no mata-mata – depois de cair por 1 a 0 fora de casa, foi à decisão contra o Bayern com 3 a 1.
Ciente que se amparar na vantagem mínima era perigoso diante da força dos alemães, a Inter de Milão prometia um postura ofensiva no Giuseppe Meazza. Em contrapartida, o Bayern queria igualar rápido o confronto – fazer logo o primeiro gol – para evitar um desespero que o desorganizaria em campo.
E jogo começou em alta intensidade e com oportunidades de ambos os lados, com os times cumprindo o planejado de seus comandantes. Olise lamentou não empatar o confronto logo de início, enquanto a Inter encaixou bons contragolpes, mas falhou na pontaria. Em um cruzamento de falta, Thuram chegou atrasado no carrinho que poderia dr ainda maior calma aos mandantes.
Era um lá e cá frenético. E, assim como ocorreu há uma semana, em Munique, Sommer começou a trabalhar com primazia. O goleiro salvou os italianos em ao menos dois lances seguidos pouco antes do intervalo, com Sané e Müller finalizando dentro da área.
A Inter voltou do vestiário fracassando em suas oportunidades – Thuram avançou livre e demorou a decidir a jogada, por exemplo – e acabou castigada. Corte equivocado da defesa e a bola parou no pé do artilheiro Kane. O camisa 9 bateu cruzado, rasteiro, e colocou os alemães na frente do marcador. Pelo 12º jogo seguido os bávaros foram às redes adversárias.
A apreensão do torcedor nerazzurri durou pouco tempo. E com o goleador Lautaro Martínez deixando tudo igual. O camisa 10 dominou, a bola correu por seu corpo e parou para a firme batida de direita. Rivais alemães ainda cobraram toque no braço, mas a arbitragem validou o lance.
Com os visitantes ainda atordoados, veio a virada em intervalo de três minutos. Depois de Darmian ficar no quase – Urbig salvou -, a cobrança de escanteio parou na cabeça do zagueiro Pavard, que ampliou a festa. A Inter mostrou muita concentração e força para não se inibir em sair atrás do placar.
Vincent Kompany modificou o setor ofensivo do Bayern sob a gigante necessidade de dois gols. E Gnabry, uma de suas novidades, fez as esperanças alemãs ressurgirem ao cruzar da cabeça do zagueiro Dier, que empatou restando 13 minutos mais acréscimos.
Os acréscimos em Milão foram de enorme agonia. Os alemães buscavam o gol que levaria a definição à prorrogação, enquanto a Inter se defendia de todas as maneiras. O técnico Simone Inzaghi não escondia o nervosismo, gesticulando muito e pedindo para a equipe “sair de trás”. O Bayern lutou até o fim, mas a cabeçada de Müller parou nas mãos de Sommer e o chute de Coman foi pelo alto, para celebração de “título” dos italianos.