ABC - segunda-feira , 21 de abril de 2025

‘Eu quero ajudar mais gente’, diz Paulo Serra sobre seu futuro político

O ex-prefeito de Santo André e atual presidente estadual do PSDB, Paulo Serra, mudou o seu ritmo de trabalho após deixar o comando do Paço. Agora roda pelo estado para falar com prefeitos sobre o futuro de sua legenda e lida com seu próprio futuro político. Ao RDtv desta quarta-feira (16/04), o tucano ressaltou a possibilidade da fusão com o Podemos e sobre seu futuro político. Mesmo sem saber se disputará algum cargo em 2026, o andreense afirma que quer seguir “ajudando gente”.

O nome de Serra acabou envolvido em um levantamento eleitoral feito pela Paraná Pesquisas em relação a futura disputa pelo Governo do Estado. Paulinho, como é conhecido, foi lembrado por 6,5% dos entrevistados.

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“A questão do resultado (da pesquisa) em si me agradou, não pela questão do nome lembrado, de uma questão pessoal, mas porque eu associo esse resultado ao reconhecimento de um modelo de gestão que foi exitoso em Santo André e de que alguma forma conseguiu romper as fronteiras do ABC. Foi um resultado muito significativo, pois não tenho um trabalho fora da região metropolitana. Fora do ABC um pouco, pois a gente é um pouco mais conhecido porque a região metropolitana meio que se conecta. Mas se afastando um pouco da Capital, eu trabalhei muito pouco, pois foquei mais em Santo André que é a minha paixão.”, iniciou.

Porém, ao ser questionado sobre uma possível vontade de se candidatar para o cargo de governador, Paulo Serra apenas ressaltou que quer seguir ajudando pessoas, independentemente de qualquer tentativa eleitoral no próximo ano, apesar de não negar que pode ter seu nome nas urnas em 2026.

“Eu, de verdade, iniciei minha carreira na vida pública no foco de sempre ser prefeito de Santo André. Eu tenho dito, e com total transparência e sinceridade, que daqui para frente claro que quero aproveitar essa experiência que eu tive e as demais que ainda vou ter ao passar dos anos, pois eu quero ajudar mais pessoas dentro deste modelo de gestão. Por que não qualificar a gestão pública? Por que não qualificar mais gestores? E dentro disso vários projetos se encaixam.”, disse.

Paulo Serra considera que seu nome foi incluído na pesquisa por ser o atual presidente estadual do PSDB, mas considera que foi lembrado pela sua gestão (Foto: Reprodução/RDtv)

“Eu não tenho nenhuma obstinação, nenhum desejo pessoal de ser A, B ou C. Mas é obvio que dentro do projeto político partidário, dentro da disponibilidade que a gente tem, a experiência que a gente tem, dentro da oportunidade, se fizer sentido uma candidatura ao Executivo, ou ao Senado ou a Câmara Federal, é claro que vamos estar à disposição, porque eu quero ajudar mais pessoas, quero continuar contribuindo.”, completou.

Futuro do PSDB e a possível fusão com o Podemos

Enquanto isso, Paulo Serra segue conversando com prefeitos de diversas cidades paulistas, e um dos principais temas é uma possível fusão entre o PSDB e o Podemos, alternativa cada vez mais ventilada em comparação as negociações com PSD e Republicanos. Para o tucano, a intensão é fazer com que a social-democracia possa ter de volta o protagonismo que teve durante os oito anos da gestão de Fernando Henrique Cardoso e os 28 anos no comando do Palácio dos Bandeirantes.

“Na atual regra do jogo, com a reforma política que foi implementada, em que o tamanho dos partidos é definido basicamente pela bancada de deputados federais, com financiamentos apenas públicos de campanha e partidário, não tem mais financiamento privado. Tempo de tevê e rádio, ou seja, a exposição do partido, apenas baseado no tamanho de sua bancada no âmbito federal, não vejo outra saída para o PSDB se reconectar com as pessoas, e para isso vamos precisar de tempo, espaço, de candidaturas, e isso demanda musculatura política, eu não vejo a gente fazer isso sozinho.”, explica.

“Tem uma identidade de posicionamento político, porque o PSDB defende alternativas a essa radicalização da política, longe do lulopetismo e longe do bolsonarismo. A gente defende isso e é uma pena que conseguimos materializar isso na eleição de 2022, e ao meu ver foi o grande pecado do PSDB nessa decadência quantitativa, numérica, o partido tem colhido o que esteja relacionado a isso. Então estamos buscando parcerias para voltar a ter protagonismo. Dos estados em que temos condições, nos municípios e principalmente nesse debate nacional.”, conclui.

Caso a fusão ocorra, algo esperado inclusive para o meio deste ano, o futuro partido seria o maior do ABC com 18 vereadores e o comando das prefeituras de Santo André com Gilvan Jr. (PSDB) e de São Bernardo com Marcelo Lima (Podemos).

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