
O refluxo gastroesofágico afeta aproximadamente 25 milhões de brasileiros, segundo o Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). Segundo Eric Pereira, gastroenterologista, a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) afeta crianças e adultos e ocorre quando o conteúdo ácido do estômago retorna ao esôfago. Causa sintomas e, em alguns casos, complicações.
Entre o esôfago e o estômago, existe um músculo chamado esfíncter esofagiano inferior, que funciona como uma válvula para impedir o refluxo. “Em certas situações, esse esfíncter pode permanecer relaxado por um período prolongado, e facilita o retorno do ácido”, explica o especialista.
De acordo com Pereira, esse é um dos mecanismos mais comuns e pode ser desencadeado pelo consumo de cafeína, alguns medicamentos, alimentos gordurosos, entre outros fatores. O médico acrescenta que obesidade, hérnia de hiato, hábitos alimentares inadequados e certas doenças também aumentam a probabilidade de refluxo.
Nem toda queimação indica refluxo, mas a presença de um conjunto de sintomas pode sugerir um quadro de DRGE, que será confirmado por meio de exames específicos, segundo o médico. Pereira ressalta que o tratamento envolve o uso de medicações que reduzem a produção de ácido, aliado a medidas comportamentais, como:
- Evitar ingerir líquidos junto com as refeições.
- Manter um intervalo mínimo de 1 hora entre líquidos e sólidos.
- Deitar-se somente após 2 horas da refeição.
- Reduzir o consumo de cafeína (presente em café, coca-cola, mate, chá preto etc.).
- Evitar refeições volumosas.
- Evitar jejuns prolongados (superiores a 3 horas).
- Moderar o consumo de frutas ácidas (como laranja, limão e abacaxi).
- Evitar alimentos com alto teor de gordura.
- Evitar bebidas gaseificadas.
- Perder peso (em caso de sobrepeso ou obesidade).