
O governo do Estado vai investir R$ 6.292.000 no ABC em quatro empreendimentos populares, todos em Santo André, nas modalidades de financiamento pela CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano) e pela CCI (Carta de Crédito Imobiliário). Ao todo são novas 484 unidades para a região. Em todo o Estado o programa habitacional envolve mais de R$ 2 bilhões. O impacto, destas unidades, no entanto, é pequeno diante do déficit da região, só Santo André tem 38 mil famílias cadastradas para ter casa própria com subsídios do governo.
Além dos 38 mil cadastros de Santo André, Diadema tem 23 mil famílias inscritas em programas habitacionais, sendo que o município informa ter empreendimentos em curso pela CDHU e que aguarda a aprovação de um do MCMV. São Bernardo não informou o tamanho do déficit habitacional, mas levantamento do Consórcio Intermunicipal em 2016 apontava um déficit de mais de 53 mil famílias na cidade. Na época o total do déficit habitacional do ABC era de 168 mil famílias.
O paço de São Bernardo divulgou uma lista de empreendimentos já em construção na cidade no segmento de habitação popular. “Atualmente, não há unidades do programa Minha Casa Minha Vida Faixa 1 em construção no município. No entanto, a Secretaria de Habitação está em processo de contratação de 1,3 mil unidades habitacionais com o governo federal, voltadas a famílias de baixa renda. Em relação aos empreendimentos da CDHU, por meio da modalidade Carta de Crédito Associativo, estão em andamento 120 unidades habitacionais no Residencial Alvarenga Peixoto, 176 unidades no Residencial Vila Esperança, 658 unidades no Residencial Monte Sião e 700 unidades nos empreendimentos Eiji Kikuti e Cores, ambos localizados na região do Cooperativa. Além dessas, em dezembro de 2024 foram entregues outras 420 unidades habitacionais na mesma região”, diz a nota.
Ribeirão Pires teve seu primeiro empreendimento dentro do programa federal “Minha Casa, Minha Vida”, com a aprovação de um empreendimento de 114 apartamentos, dos quais 37 já foram pré-selecionados para famílias em situação de risco ou residentes em áreas irregulares sem infraestrutura básica.
São Caetano não tem projetos para habitação popular em andamento, nem pelo governo federal ou pelo governo do Estado. A Prefeitura diz que não há fila de espera para casas populares. O levantamento do Consórcio de 2016 apontava um déficit habitacional de 7.222 moradias na cidade.
Mauá e Rio Grande da Serra não responderam. Há nove anos, segundo levantamento do Consórcio Intermunicipal o déficit nas duas cidades era de, 31,7 mil e 4,8 mil moradias, respectivamente.
Empreendimentos
Os empreendimentos anunciados pelo governo do Estado e lançados para Santo André são o San Levi, que fica na Estrada Cata Preta, bairro Guarará, e que terá 129 unidades com aporte total de R$ 1.677.000; o Vitale Santo André, que fica na rua Acarapé, 610 prevê 70 unidades e investimento estadual de R$ 910 mil; o Residencial Home Santo André tem 166 unidades e será erguido na rua do Oratório, 5.491, com custo total de R$ 2.158.000; e o segundo empreendimento San Levi, também na estrada Cata Preta, só que no numeral 1.098 e que tem 199 apartamentos onde o Estado vai investir R$ 1.547.000.
As duas etapas do San Levi, já tiveram início no ano passado e a previsão de entrega é para 2027. Da mesma forma o Vitale Santo André deve ser entregue em dois anos.