
Com os recentes protestos em todo o Brasil, Sandro Maskio, coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, explica que a imagem do País pode ficar comprometida para investimentos e até para o turismo, que poderia ser fomentado a partir dos grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, que acontecerão em breve.
“O impacto negativo das manifestações existe para o investidor e turista, que têm receio sobre o quadro no País. Ele quer saber como isso vai se resolver. Ver se realmente vai visitar a Copa ou investir no Brasil. Espera-se quais resultados e medidas todo esse movimento vai trazer”, comenta o economista e professor.
Alta do dólar
Sandro Maskio comenta, ainda, que a recente alta do dólar não é sentida apenas no Brasil. “Nesse momento, não esta relacionado à economia brasileira. É mundial, por conta de uma expectativa favorável sobre a sustentabilidade econômica norte-americana”, diz. Para Maskio, um grande volume de investimentos que saíram de lá por causa do risco, com a crise ou falta de expectativa, apresentam agora um caminho de volta, como capitais que migraram da economia central para as emergentes, como o Brasil.
O professor acredita que a capacidade de governança do Banco Central frente ao movimento internacional é pequena. “Eles tentam intervir no mercado de câmbio, injetando recurso para amenizar a valorização do dólar, mas tem sido difícil. Não aposto em queda, mas numa estabilização na margem entre R$ 2,20 e R$ 2,25. Não deve evoluir muito mais do que isso”, prevê o pesquisador.