ABC - sábado , 19 de abril de 2025

Excesso de feriados em 2015 preocupa classe empresarial

Em 2014 foram 14 feriados e ainda há o fator já esperado em razão do Carnaval tardio e a realização da Copa do Mundo e das eleições.

O ano de 2015 possui 12 feriados e três emendas que preocupam o comércio e a indústria. Em 2014 foram 14 feriados e, apesar de terem sido mais dias, há o fator já esperado em razão do Carnaval tardio e a realização da Copa do Mundo e das eleições. Este ano, apesar da retração econômica, a expectativa era de arrumar a casa e tentar por as contas em dia.

Para Luiz Augusto Gonçalves de Almeida, presidente da Associação Comercial e Industrial de Mauá (Aciam), o comerciante não fechará as portas, mas terá baixo fluxo no caixa e poucas vendas. “O consumidor vai viajar para outro município, onde fará gastos e depois voltar duro”, lamenta. Almeida diz que a relação com a economia anda estremecida e o ano de 2014, que já não foi bom, resultou em pouca confiança para o comércio em 2015. “Dezembro já foi ruim, janeiro também não foi bom, não esperamos grandes coisas”, diz.

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Para Hitoshi Hyodo, diretor titular do Ciesp de São Bernardo, o excesso de feriados é mais um ofensor na questão de competitividade da indústria, por conta do aumentos nos preços dos produtos e nas folhas de pagamento. “Dos 11 feriados nacionais [fora o Carnaval], 10 estão no meio da semana, que cria um agravante maior, com o estímulo a realização de “ pontes” reduzindo ainda mais, os dias a trabalhar”, afirma.

Hyodo diz que, além do calendário complicado, os impactos no faturamento também são outro agravante no cenário atual para a indústria. “Isso com certeza trará desdobramentos até para o comércio que sofrerá os impactos de queda no faturamento”, comenta o empresário.

Lucro

Segundo Sandro Maskio, economista e professor da Universidade Metodista, acredita que 2015 será um ano morno para o comércio. Sem muitas expectativas, a economia nacional terá que ser reajustada para que os lucros possam aparecer.

Maskio afirma que, com o excesso de feriados, o maior impacto para a atividade econômica é a redução do número de ajustes, principalmente para quem funciona durante os chamados dias úteis. Os setores de serviços e comércio que estão ligados à indústria serão os mais prejudicados. “Ou as empresas apertam o ritmo de produção ou vão precisar fazer hora extra”, comenta o professor da Metodista.

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