
O verão começa oficialmente no dia 21 de dezembro, mas em plena primavera já estamos vivendo com temperaturas específicas da época mais quente do ano. Na sexta-feira (16/10) um dos termômetros de São Bernardo apontou a temperatura de 40 graus ao meio dia. A época mais quente do ano também exige maiores cuidados com a saúde. As enfermidades mais frequentes no verão são aquelas que levam à perda de líquidos e a desidratação. No entanto, outras doenças também são muito comuns, como insolação, micoses e intoxicação alimentar.
A desidratação, cuja característica é a perda de líquido e sais minerais do corpo, é o problema mais frequente durante o verão. Em dias normais, perdemos em média 2,5 litros de água por dia, seja pela urina, fezes, suor ou até pela respiração. É durante os dias mais quentes que essa perda pode ser agravada e levar o paciente a um estado de sede intensa, olhos ressecados, tontura e desmaio. Para driblar o calorão aconselha-se beber pelo menos dois litros de água ao dia e andar com roupas leves além de evitar exposição intensa ao sol.
Em segundo lugar aparece a insolação, que é provocada pela exposição excessiva ao sol e pode gerar intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas ou tontura. Pele quente e avermelhada também são outros sintomas que podem ser agravados mais tarde para um câncer de pele. Além de chapéu e boné, o médico emergencista do Hospital Assunção, Rubens Martins, orienta que se evite os horários de pico do sol, entre 10h e 16h e sempre usar protetor solar, mesmo para quem não for ficar exposto às altas temperaturas.
Calor e humidade é a combinação perfeita para a proliferação dos fungos causadores da micose. A doença provoca vermelhidão e coceira. “Para escapar, manter o corpo seco ajuda a evitar o problema. Por isso, deixe as regiões com dobra como axilas, dedos dos pés e virilhas bem secos após o banho e depois de sair da praia ou piscina”, explica o médico.
O mosquito Aedes Aegypti que não parou para descansar nem no inverno ataca também no verão. Isso acontece por causa das chuvas típicas da temporada e do calor excessivo que ajuda a eclodir os ovos colocados pela Dengue.
São sintomas comuns febre, dores no corpo e dor de cabeça. Segundo Martins, a prevenção é feita com o uso de repelentes contra insetos e o combate aos focos deve ser feito eliminando locais que contenham água parada em recipientes como pneus, garrafas e vasos de plantas, além de manter as piscinas com cloro.
Alimentação
Comer na praia ou em restaurantes durante os dias quentes pode trazer o risco de doenças gastrointestinais que podem levar ao quadro de diarreia e vômito. Recomenda-se que a comida não seja crua e tenha passado por cozimento prévio, além de comer em restaurantes limpos e de conhecimento do cliente.
Quem nunca comeu um peixe frito na praia com limão ou comeu um abacaxi e esqueceu de lavar as mãos? Pois é, substâncias cítricas em contato com a pele exposta à luz solar causam queimaduras. O médico emergencista do Hospital Assunção explica que para evitar que isso aconteça, a recomendação é não comer frutas cítricas ao sol e lavar bem as mãos depois de ingerir esses alimentos.
Entre as dicas deixadas por Rubens Martins está o uso, no verão, de humidificador de ar, já que a umidade do ambiente pode ser muito baixa nos dias quentes, desencadeando problemas respiratórios. Uma alternativa para quem não quer gastar é deixar uma toalha molhada aberta e pendurada na janela ou uma bacia grande de água. (Colaborou: Thamy Hirata)